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Encontro 'de desafio direto’ em Pequim: Xi Jinping, Putin, Kim Jong-un juntos pela 1.ª vez

| Ásia

Encontro em Pequim dos dirigentes chinês, russo e norte-coreano é um “desafio direto” à ordem internacional. Trump reage e Putin diz que ele ‘tem senso de humor’.

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Três líderes juntos em Pequim (NHK)

Na quarta-feira (3), os três líderes Xi Jinping, Putin, Kim Jong-un – tiveram um encontro em Pequim, com desfile militar em grande escala, exibindo, inclusive mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) e mísseis balísticos lançados por submarinos (SLBMs).

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Mostrou ao mundo o fortalecimento militar da China, ao mesmo tempo em que enfatiza a legitimidade do governo do Partido Comunista Chinês.

Xi Jinping chegou a Pequim, acompanhado pelo homólogo russo, Vladimir Putin, e pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, para o início da parada militar. Na sua intervenção sublinhou que o povo chinês “está firmemente do lado certo da história”.

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“Hoje, a humanidade depara-se com a escolha entre a paz ou a guerra, o diálogo ou o confronto. O povo chinês está do lado certo da história e adere ao caminho do desenvolvimento pacífico”, alertou Xi Jinping

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Xi em discurso (NHK)

Com 12 mil soldados, mais de 100 aeronaves e centenas de equipamentos militares terrestres, a China assinalou os 80 anos da derrota do Japão no final da Segunda Guerra Mundial.

Em seguida, indicou sua intenção de continuar a desenvolver capacidades militares, dizendo: “Devemos acelerar a construção de um exército de classe mundial e salvaguardar resolutamente a soberania nacional, a unidade e a integridade territorial”.

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Desfile militar gigantesco (NHK)

A cerimônia, que serviu para exibir o poderio militar chinês, não contou com a presença de líderes ocidentais de relevo, mas já surgiram reações.

Encontro dos líderes comunistas e reação da União Europeia

Kaja Kallas, Alta Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, alertou que o encontro “não é apenas simbólico ou antiocidental”, mas um “desafio direto ao sistema internacional baseado em regras“.

“Olhando para o Presidente Xi ao lado dos líderes da Rússia, Irã e Coreia do Norte hoje em Pequim, não se trata apenas de uma imagem antiocidental. É um desafio direto ao sistema internacional baseado em regras”, afirmou no início de uma conferência de imprensa, em Bruxelas, da Comissão Europeia, acrescentando que “não é apenas simbólico; a guerra da Rússia na Ucrânia está a ser sustentada pelo apoio chinês. Estas são realidades que a Europa precisa de enfrentar”.

Encontro é uma conspiração contra os EUA?

Também Donald Trump criticou, nas redes sociais, a ausência de reconhecimento por parte da China à contribuição dos soldados norte-americanos na Segunda Guerra Mundial. Sugeriu ainda que os presidentes estariam “conspirando contra os Estados Unidos“.

Em reação, Vladimir Putin afirmou, no final de sua visita à China, que o presidente norte-americano “tem senso de humor“. Acrescentou que todos os países com quem a Rússia manteve conversações na China “apoiaram a cimeira no Alasca” e mostraram esperança de que as negociações possam contribuir para o fim da guerra na Ucrânia.

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Poderio bélico da China (NHK)

“Sem exceção, todos os meus interlocutores apoiaram o nosso encontro em Anchorage. E todos expressaram a esperança de que a posição do Presidente Trump, a posição da Rússia e a dos restantes participantes nas negociações conduzam ao fim do conflito armado”, vincou Putin durante o encontro.

Ainda no encontro em Pequim, Kim Jong-Un prometeu continuar a apoiar Vladimir Putin, durante o encontro, recordando o envio de tropas norte-coreanas para ajudar na defesa da região russa de Kursk. Por sua vez, Putin destacou que as relações entre a Rússia e a Coreia do Norte são há muito tempo “fiáveis, amigáveis e entre aliados”.

“O objetivo foi mostrar que os Estados Unidos não podem mais atacar a China“, analisou Bonji Ohara, membro sênior da Fundação Sasakawa para a Paz e ex-oficial da Força de Autodefesa Marítima do Japão e especialista na situação militar da China.

Ohara mencionou a inauguração de novos mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) e mísseis balísticos lançados por submarinos (SLBMs), que poderiam potencialmente atingir o território continental dos Estados Unidos

“Eles quiseram mostrar que a China tem poder igual ao dos Estados Unidos em armas nucleares estratégicas. E o objetivo foi mostrar que a China tem um poder de dissuasão extremamente forte e que os Estados Unidos não podem mais atacar a China“, avaliou.

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China mostra que EUA não pode atacá-la (NHK)

Fontes: DW e NHK


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