
Pedalar pode proteger contra demência, revela pesquisa (imagem ilustrativa/PM)
Estudo revela que andar de bicicleta está associado a uma redução de 19% no risco de todos os tipos de demência e de 22% no risco de Alzheimer, quando comparado com modos de viagem não ativos como carro, ônibus ou trem.
A pesquisa, publicada na revista JAMA Network Open, analisou dados de quase 480 mil participantes da Grã-Bretanha.
Demência afeta mais de 55 milhões de pessoas no mundo todo
Esse achado reforça o link estabelecido entre atividade física e menor risco de demência, com a Comissão de Lancet de 2024 identificando essa relação como uma das 14 responsáveis por prevenir ou atrasar aproximadamente 45% dos casos de demência, uma condição que afeta mais de 55 milhões de pessoas no mundo todo, projeções indicam que esse número pode triplicar até 2050.
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Embora as evidências sobre os efeitos do transporte ativo na saúde sejam escassas, revisões sistemáticas destacam consistentemente a associação entre esses modos de viagem e melhor saúde, inclusive risco reduzido de diabetes.
Os participantes do estudo foram parte do Banco de Dados Biológicos do Reino Unido, e a coleta de dados ocorreu de 2006 a 2010. Eles responderam questionários sobre seu modo de transporte preferido nas últimas quatro semanas, excluindo trajetos para o trabalho.
Os resultados indicaram que, durante o período de acompanhamento de 13,1 anos, 8.845 participantes desenvolveram demência e 3.956 tiveram Alzheimer. Caminhar e modalidades mistas de caminhada foram associadas a uma redução de 6% no risco de demência, mas curiosamente a um aumento de 14% no risco de Alzheimer.
A pesquisa também destacou que aqueles que utilizavam a bicicleta apresentavam volumes maiores no hipocampo, a região cerebral responsável pela memória e aprendizado.
“Este é o primeiro estudo a mostrar que o ciclismo está ligado não só a um menor risco de demência, mas também a um hipocampo maior”, comentou o Dr. Joe Verghese, da Universidade Stony Brook.
Limitações do estudo
Entretanto, os especialistas alertam para limitações do estudo, como a generalização dos resultados, uma vez que a maioria dos participantes era branca e mais saudável na entrada da pesquisa.
Apesar disso, décadas de pesquisas reforçam que o exercício melhora a saúde do cérebro. O ciclismo pode melhorar a aptidão cardiovascular, incrementar o fluxo sanguíneo cerebral e apoiar a neuroplasticidade.
Se você está pensando em começar a pedalar, é recomendável consultar um médico para garantir que você esteja apto a praticar o ciclismo. Iniciar com rotas curtas e seguras é uma boa estratégia.
Fonte: CNN







