
Imagem ilustrativa de coexistência multicultural gerada por IA
Um grupo cívico que combate a discriminação contra estrangeiros divulgou os resultados de uma Pesquisa de Políticas para Residentes Estrangeiros, abrangendo todos os municípios da província de Kanagawa, na quinta-feira (18).
A pesquisa aponta que, embora a população estrangeira esteja crescendo em todas as cidades, algumas delas não oferecem políticas de apoio adequadas. O grupo ressalta a urgência de medidas de convivência: “Os trabalhadores estrangeiros estão suprindo a escassez de mão de obra e apoiando a região. Medidas de coexistência são urgentemente necessárias“.
O levantamento foi conduzido pelo Conselho de Ligação de Kanagawa para Combater a Discriminação Étnica. É a primeira pesquisa do tipo em cinco anos e analisou a província e seus 33 municípios. Entre as perguntas, foram incluídas a população por nacionalidade de 2020 a 2024, a existência de políticas de apoio a estrangeiros e a população por tipo de visto de residência.
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Segundo o resumo, a população estrangeira na província de Kanagawa chegou a aproximadamente 260 mil em 2024, um aumento de cerca de 32 mil desde 2020. Analisando os 33 municípios, a proporção de estrangeiros na população aumentou em todos.
O status de residência mais comum em muitos municípios, como Yokohama e Kawasaki, é do “visto permanente“. Em Hakone, no entanto, cerca de 40% da população estrangeira tem visto de “Engenheiro/Especialista em Humanidades/Serviços Internacionais”. Já em Yamakita e Kiyokawa, a maioria possui visto de “Trabalhador Qualificado Especificado nº 1”, o que indica que o aumento de estrangeiros não se restringe a áreas urbanas costeiras com forte setor de manufatura, mas também ocorre em áreas rurais com agricultura em expansão.
Embora muitos municípios tenham adotado iniciativas de apoio, como a criação de “diretrizes para o desenvolvimento urbano visando a coexistência multicultural” e balcões de tradução multilíngue, 8 municípios — Zushi, Oi, Kaisei, Samukawa, Ninomiya, Matsuda, Manazuru e Yamakita — responderam que “não fizeram nada em particular”.
Tanno Kiyoto, professor de Sociologia do Trabalho da Universidade Metropolitana de Tóquio, analisou a pesquisa e destacou que “cada vez mais pessoas sentem que o ambiente de vida está piorando com o aumento de estrangeiros com estilos de vida diferentes”.
Mas, Fumio Oishi, 74, membro do conselho que conduziu a pesquisa, concluiu: “Se as políticas de convivência tivessem sido implementadas corretamente desde o início, os problemas de ódio e discriminação não teriam surgido. Medidas devem ser tomadas para evitar que isso aconteça.”
Fonte: Mainichi







