
Apesar da ausência de impacto na saúde, a situação gera debate sobre padrões de segurança no Japão (imagem ilustrativa/PM)
Funcionários da Daikin, um dos principais fabricantes de produtos químicos do Japão, passaram por testes sanguíneos após possível exposição a substâncias potencialmente nocivas conhecidas como PFAS.
Estes testes foram realizados desde o início dos anos 2000 até aproximadamente 2015, revelou no sábado (13) uma fonte familiarizada com o assunto.
Este é o primeiro caso conhecido de uma empresa japonesa conduzindo testes sanguíneos para PFAS, e alguns resultados mostraram concentrações sanguíneas do químico sintético que eram 500 vezes o nível das diretrizes estabelecidas por academias norte-americanas.
Artigos relacionados
Nenhum impacto na saúde foi confirmado
No entanto, segundo a fonte, nenhum impacto na saúde foi confirmado.
No Japão, ainda não há um padrão de segurança estabelecido para os níveis de PFAS no sangue, devido à falta de expertise.
Contudo, um funcionário do Ministério do Meio Ambiente afirmou que os dados da Daikin, se tornados públicos, poderiam ser úteis para pesquisas relacionadas aos PFAS.
O que é PFAS?
PFAS, também conhecidos como “químicos eternos”, são um grupo de mais de 10 mil substâncias sintéticas que incluem PFOS e PFOA.
Resistem a óleo, água e calor, sendo utilizados em diversos produtos que vão desde tecidos, embalagens de alimentos e revestimentos para panelas antiaderentes até espumas para combate a incêndios.
Essas substâncias não se degradam facilmente e podem se acumular no solo e na água como poluentes ambientais.
Pesquisas recentes no Japão detectaram contaminação por PFAS em água potável e em rios, ao redor de fábricas, bases militares dos EUA e instalações das Forças de Autodefesa do Japão, aumentando as preocupações com possíveis riscos à saúde, como o câncer.
Explicação dos testes da Daikin para moradores
Na segunda-feira (15), a Daikin explicou sobre os testes sanguíneos aos moradores que moram perto de sua fábrica Yodogawa, em Settsu (Osaka).
“Realizamos testes sanguíneos nos que eram empregados em 2000 e os resultados foram em torno de números de quatro ou cinco dígitos. Ficamos aliviados porque não confirmamos nenhum impacto na saúde,” declarou um alto funcionário, segundo a fonte.
Fonte: Mainichi







