Ingestão de cálcio na gravidez pode reduzir risco de depressão em crianças

Grávidas com mais cálcio têm filhos com menos depressão, aponta estudo (imagem ilustrativa/PM)

Maior ingestão de cálcio durante a gravidez leva a um menor risco de sintomas depressivos entre crianças, revelou uma equipe de pesquisadores japoneses.

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Embora pesquisas anteriores tenham demonstrado que aumentar a ingestão de cálcio pode ajudar a prevenir a depressão, este estudo é o primeiro a examinar a ligação entre mulheres grávidas e seus filhos, de acordo com a equipe liderada por um pesquisador da Universidade de Ehime.

A equipe utilizou dados de um estudo de saúde de mães e seus filhos na região de Kyushu, no sudoeste do Japão, e em Okinawa, analisando 873 pares que participaram de uma pesquisa de acompanhamento quando as crianças tinham 13 anos.

A ingestão de cálcio das mulheres durante a gravidez foi calculada com base em uma pesquisa de suas dietas individuais, excluindo suplementos, de acordo com o estudo publicado em maio no Jornal de Pesquisa Psiquiátrica.

Sintomas depressivos em crianças

Os sintomas depressivos das crianças de 13 anos foram determinados de acordo com a Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos, ou CES-D, baseada em autoavaliação. Na gama total de 0 a 60, a equipe definiu pontuações de 16 ou acima como indicativas de sintomas depressivos.

A equipe analisou os dados dividindo os participantes em quatro grupos com base na ingestão de cálcio durante a gravidez.

No grupo com a menor ingestão, 28% das crianças mostraram sintomas depressivos, em comparação com 18,7% no grupo com a maior ingestão, afirmou a equipe.

A ingestão diária média de cálcio pelas mulheres no grupo com maior ingestão foi de cerca de 675 miligramas, quase equivalendo à quantidade recomendada para mulheres entre 18 e 29 anos.

“Cálcio consumido pelas mães provavelmente está impactando as emoções de seus filho”, disse Yoshihiro Miyake, professor da Universidade de Ehime.

“Pudemos identificar um fator causador de sintomas depressivos entre crianças”, afirmou ele, enquanto destacava que mais pesquisas são necessárias.