Corte de Tóquio responsabiliza presidente de empresa por suicídio de empregada (imagem ilustrativa/PM)
Um tribunal japonês determinou que a empresa de cosméticos D-UP deve reconhecer que o assédio moral praticado por seu presidente levou ao suicídio de uma funcionária.
Em uma decisão emitida na terça-feira (9), o Tribunal Distrital de Tóquio ordenou que a empresa se desculpasse e pagasse ¥150 milhões (cerca de US$1 milhão), aos pais da jovem. A medida inclui também a renúncia do presidente da companhia.
O caso foi levado ao tribunal pelos pais da funcionária, que moveram uma ação buscando indenização pela morte de sua filha.
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Segundo os advogados da família, Satomi, cujo sobrenome não foi divulgado, começou a trabalhar na empresa D-UP em abril de 2021.
A funcionária foi duramente repreendida pelo presidente em uma reunião longa
Em dezembro do mesmo ano, ela foi duramente repreendida pelo presidente em uma reunião longa, o que resultou em um diagnóstico de depressão no mês seguinte. Satomi tirou uma licença médica, tentou suicídio em agosto de 2022 que a deixou inconsciente e faleceu em outubro de 2023, com apenas 25 anos.
A ação judicial tramitava por mediação, e a decisão do tribunal foi concluída quando ambas as partes não levantaram objeções.
Empresa divulga pedido de desculpas e anuncia medidas preventivas
Em um comunicado, a irmã da vítima expressou o desejo de que o presidente tivesse se desculpado enquanto Satomi ainda estava viva. Ela destacou a dedicação e o comprometimento da irmã, que sempre trabalhou arduamente.
Em resposta, a empresa D-UP, sediada em Tóquio, divulgou um pedido de desculpas em seu site, oferecendo condolências à funcionária falecida e sua família.
A empresa anunciou que o presidente, Mitsuru Sakai, renunciou ao cargo na quarta-feira (10), prometendo implementar medidas preventivas contra reincidências.
Isso inclui a revisão das regras de prevenção de assédio, treinamentos para gestão e funcionários, além da criação de uma linha direta externa de consultas.
Fonte: NHK
