
A alga é rica em minerais e fibras, mas contém arsênio inorgânico, que pode ser minimizado com preparo adequado (ilustrativa/banco de imagens)
A hijiki (Sargassum fusiforme) é uma alga marinha que cresce em áreas rochosas, presente em quase todo o território japonês, de Hokkaido ao sul de Kyushu, exceto em alguns litorais do Mar do Japão.
Sua colheita ocorre entre março e maio, quando a alga alcança cerca de um metro, mantendo as raízes intactas para permitir seu crescimento futuro.
Após a colheita primaveril, a hijiki está disponível durante todo o ano em forma seca. O processo de secagem ao sol é seguido por lavagem e vapor.
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Algumas regiões preferem vaporizar ou ferver a alga ainda crua. Durante o processamento, os brotos são removidos, sendo vendidos separadamente como mehijiki, enquanto os caules são conhecidos como nagahijiki.

A produção local diminuiu, aumentando a importação(ilustrativa/banco de imagens)
A cor original da hijiki é marrom-oliva no mar, mas se torna preto intenso após o aquecimento e secagem. Textos antigos registram o hijiki com os caracteres 鹿尾菜 (hijiki), que literalmente significam “vegetal cauda de cervo”, devido à semelhança dos brotos com o rabo do animal.
A hijiki é consumida desde a era Jomon (14 mil a.C. a 300 a.C.) e era oferecida aos deuses durante o período Nara (710–794). Está documentada no Engishiki, uma coletânea de leis e procedimentos da era Heian (794–1185), como tributo ao Tribunal Imperial.
Durante o período Edo (1603–1868), os livros de culinária descreviam pratos com hijiki cozida ou temperada, evidenciando seu consumo similar ao atual.
Embora a hijiki seja historicamente relevante, a produção nacional diminuiu devido a alterações ambientais e redução no número de pescadores. Hoje, quase 90% da hijiki no Japão é importada da Coreia do Sul e China.
Nutrientes como minerais e fibras estão presentes na alga, que, por outro lado, contém níveis de arsênio inorgânico, limitando o consumo em alguns países.

Sua produção nacional está em queda, com a maior parte vindo da Coreia e China (ilustrativa/banco de imagens)
O Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca orienta que a reidratação e lavagem da hijiki seco podem reduzir o arsênio em 50%, e a fervura seguida de escorrimento diminui em 90%.
Relatos de impactos negativos à saúde devido ao consumo de arsênio em alimentos são inexistentes, contanto que se consuma apenas quantidades moderadas.
Assim como no período Edo, a hijiki é versátil na culinária, combinando bem com vários ingredientes, sendo frequentemente usada em pratos cozidos e condimentados na culinária doméstica.
Fonte: NP







