
Foto ilustrativa de mulher com dor na região abdominal (PM)
A intoxicação alimentar por anisaquíase vem alarmando especialistas de saúde no outono japonês devido ao aumento de casos. A enfermidade é provocada pelo consumo de peixes, como cavala e lulas, que estão contaminados com o parasita Anisakis. Quando ingerido cru ou insuficientemente cozido, o parasita penetra nas paredes do estômago ou intestino provocando sintomas intensos.
Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW), no ano passado, o número de pacientes com anisaquíase reportados somou 337, com pico de 24 em outubro. Portanto, não são tão alarmantes, mas não custa evitar.

Artigos relacionados
Casos reportados incluem indivíduos, como um funcionário na faixa dos 40 anos, que descreveu a dor como sendo apunhalado por um picador de gelo. Após ingerir shime-saba caseiro durante a celebração de Ano Novo de 2015, sentiu dor abdominal severa, piorando até buscar tratamento médico, onde o Anisakis foi removido por endoscopia.
Anisakis é frequente em peixes que, ao morrerem, permitem a migração do parasita das vísceras para a carne. Causa sintomas intensos, surgindo horas após a ingestão do alimento, e incluem dor abdominal aguda, náuseas e urticária.
Embora não haja medicamentos para o parasita Anisakis, o tratamento envolve a remoção física dele. Apesar da morte do parasita ser provável no corpo humano dentro de uma semana, a dor intensa e riscos de complicações urgem que pacientes busquem atendimento médico imediato.

Anisakis (MHLW)
Como prevenir anisaquíase: 2 formas
Destaca-se que soluções populares como wasabi e molho de soja não são eficazes em matar o parasita, enfatizando a importância de cuidados rígidos na preparação do pescado consumido cru.
A melhor forma de prevenir a anisaquíase é através da preparação adequada do peixe. Isso pode ser feito cozinhando (ou assando) o pescado a uma temperatura de 70ºC (que chegue até a parte interna dele).
Outra forma bastante eficiente é congelar o peixe antes de ser consumido cru, para sushi ou sashimi, a uma temperatura de pelo menos -20ºC por 72 horas (3 dias), ou a -35ºC por 24 horas.
Se não forem adotados um desses métodos, o parasita ainda vivo entra no corpo e penetra nas paredes do estômago ou intestinos, causando intoxicação alimentar.
Nesse caso, a pessoa sentirá uma dor intensa e aguda na boca do estômago, algumas horas após a ingestão. Ainda poderá ser acompanhada de náuseas e vômitos. Também pode causar urticária.
Se, depois de ingerir peixe ou algum crustáceo cru, sentir esses sintomas de anisaquíase, recomenda-se procurar um médico, preferencialmente um gastroenterologista (消化器科医, lê-se shoukakika-i).

Localização do Anisakis e a retirada com endoscopia (MHLW)
Fontes: MHLW e JNN







