
Foto ilustrativa de um envelope de salário (PM)
A empreiteira LP Staff, cuja matriz ficava em Tóquio e que empregava trabalhadores estrangeiros como vietnamitas e brasileiros em Shizuoka, está sob investigação pela suspeita de violar a legislação trabalhista por não pagar os salários de seus ex-funcionários.
Sob suspeita de violação da Lei de Normas Trabalhistas, o departamento de Iwata enviou o caso à sucursal de Hamamatsu do Ministério Público de Shizuoka, indiciando tanto a empresa quanto o presidente na faixa dos 40 anos.
Um ex-funcionário dessa empreiteira ainda não recebeu o pagamento de aproximadamente 210 mil ienes referente ao mês de novembro do ano passado.
Artigos relacionados
Fontes indicam que o montante total das dívidas da empresa ultrapassa dezenas de milhões de ienes. A empreiteira LP Staff tinha como base a cidade de Kakegawa, delegando vietnamitas, brasileiros e japoneses a várias indústrias locais de manufatura e embalagem.
Com dificuldades para garantir locais de trabalho para seus empregados, a empresa teve uma crise financeira, o que resultou na interrupção de suas atividades em dezembro de 2024 e na rescisão dos contratos dos seus colaboradores. Em fevereiro de 2025, a empresa foi oficialmente declarada falida pelo Tribunal de Tóquio.
Os trabalhadores dessa empreiteira, especialmente aqueles destacados para a indústria de motocicletas, foram pegos de surpresa com a abrupta paralisação dos trabalhos, o que também afetou as operações das empresas que os contratavam.
Com o apoio da Associação de Vietnamitas em Shizuoka (VN Shizuoka), alguns dos ex-funcionários vietnamitas buscaram conselhos junto à embaixada vietnamita no Japão e no Departamento de Normas Trabalhistas de Iwata. O representante da VN Shizuoka, Doan Son Thung, declarou que “o suporte contínuo será oferecido àqueles enfrentando dificuldades”.
Mediante o uso do sistema governamental que cobre até 80% dos salários não pagos, muitos ex-funcionários receberam valores compensatórios até setembro. Entretanto, a utilização de recursos públicos para cobrir esses pagamentos foi criticada por grupos de apoio, como o sindicato Shizuoka Fureai Union. O porta-voz, Mitsuo Ozawa, destacou: “Esperamos que o órgão estabeleça medidas rigorosas para controlar e punir empreiteiras mal-intencionadas“.
Fonte: Shizuoka Shimbun







