
Governo japonês lança estratégia para impulsionar a IA nacional, com foco em segurança (imagem ilustrativa/PM)
O governo japonês está planejando promover o desenvolvimento doméstico de inteligência artificial (IA) como parte de uma nova estratégia para evitar a dependência excessiva de tecnologias estrangeiras, visando fortalecer a segurança nacional.
Fontes oficiais revelaram no domingo (12) que haverá um foco em atrair profissionais da área de IA, bem como no desenvolvimento de chips avançados e de um supercomputador de próxima geração.
Recuperar o atraso
Em um momento em que Estados Unidos e China competem pela supremacia tecnológica e setores privados se esforçam para criar novos modelos de IA, o Japão busca recuperar o atraso em comparação com as grandes potências. Pesquisas indicam que o país está atrás no desenvolvimento e uso de IA.
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De acordo com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, o avanço da tecnologia de IA pode impactar diretamente a segurança nacional, sendo necessário que o Japão recupere seu atraso e “inverta” a maré.
O governo participou da primeira reunião de uma força-tarefa de estratégia de IA em setembro, com o objetivo de elaborar um plano básico até o final do ano.
A apresentação do esboço desse plano está prevista ainda para este mês, durante outra reunião do governo, com a posição de que o Japão não deve “depender excessivamente de atuantes estrangeiros para a IA que determinará nosso poder nacional’.
Melhorar as condições de vida e remuneração de pesquisadores e engenheiros
Para incentivar a IA nacional, o governo considera indispensável melhorar as condições de vida e remuneração de pesquisadores e engenheiros, tanto nacionais quanto estrangeiros. Além disso, pretende fomentar uma maior coordenação entre universidades, institutos de pesquisa e empresas, dentro e fora do país, para adquirir conhecimentos avançados.
O Japão também pretende acelerar o desenvolvimento de um novo supercomputador para substituir o atual Fugaku, operado pelo instituto de pesquisa Riken, para o uso no desenvolvimento de IA que exige cálculos de alta velocidade em grande escala.
O plano destacará os riscos à segurança nacional associados ao avanço da IA, como a disseminação de desinformação, bem como ciberataques, prometendo abordar esses riscos enquanto facilita a inovação para tornar o Japão “a nação mais amigável do mundo para o desenvolvimento e uso de IA”.
Apenas 27% das pessoas no Japão relataram ter usado IA generativa
Embora empresas japonesas estejam desenvolvendo suas próprias soluções de IA, o Japão ainda está atrás de gigantes como a OpenAI dos EUA, operadora do ChatGPT, e a startup chinesa DeepSeek, que revelou recentemente um chatbot de IA gerativa a um custo menor do que o dos concorrentes.
De acordo com dados citados pelo governo japonês, cerca de 27% das pessoas no Japão relataram ter usado IA generativa durante o ano fiscal de 2024, em comparação com quase 69% nos Estados Unidos e cerca de 81% na China.
Fonte: MN







