
Foto ilustrativa de prova (PM)
Quarta-feira (1º) foi o dia da implementação do sistema mais rigoroso para obtenção da carteira de motorista (conversão) aos residentes estrangeiros, chamado gaimen kirikae (外免切替).
A mudança visa reduzir acidentes de trânsito envolvendo motoristas estrangeiros, situação que tem gerado preocupação no país. A implementação do novo esquema gera tanto expectativa quanto apreensão entre os residentes estrangeiros.
No Centro de Licenciamento de Motoristas de Chubu, na cidade de Shizuoka (província homônima), foi realizada a primeira reunião desde a implementação para explicar o processo aos interessados na conversão da carteira de motorista do seu país para a japonesa.
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Um dos funcionários destacou a necessidade de apresentar a Certidão de Residência que inclua o tipo de visto e o período de permanência ou uma cópia do Zairyu Card, frente e verso, caso tenha alguma anotação como mudança de endereço.

Candidatos estrangeiros ouvem as explicações sobre as mudanças, no centro em Shizuoka (SUT TV)
Anteriormente, turistas e pessoas em estadia de curto prazo podiam se inscrever com o endereço de hotéis. Outro ponto polêmico era o teste de conhecimento geral, no qual bastava responder corretamente sete de dez perguntas ilustradas para passar.
Isso foi citado como fator em acidentes graves, como o de 2025 em que um motorista peruano entrou na via expressa Shin-Meishin, em Mie, na contramão e provocou colisões. Outro caso em Saitama envolveu um motorista chinês que atropelou crianças em um ponto de ônibus.
Prova mais rigorosa para conversão da carteira de motorista: 90% de acertos

Imagem ilustrativa (FNN)
Visando maior segurança, a nova prova tem 50 questões com uma exigência de acerto de 90%. No primeiro exame do novo formato, apenas 6 dos 11 candidatos de Shizuoka foram aprovados.
Um candidato aprovado, natural da Malásia, comentou: “Pesquisei na internet e preparei-me como os japoneses”. Assim, obteve a sua sonhada carteira de motorista japonesa.
Já uma candidata brasileira reprovada ressaltou a necessidade da licença para levar a filha à escola e ir e voltar do trabalho, sem a necessidade de depender do sogei, dizendo que estudaria mais para a próxima tentativa.
No centro da cidade de Fukui (província homônima), também havia candidatos estrangeiros, entre eles brasileiros. Eles estavam na expectativa para ver se a prova ficou realmente mais difícil.
Com esse ajuste, espera-se que mais pessoas adquiram métodos seguros e conhecimento adequados ao dirigir. As alterações buscam contribuir para uma cultura de condução mais segura no Japão, especialmente em Fukui, onde anualmente aproximadamente 400 residentes estrangeiros utilizam o sistema de troca das licenças.
Agora, não é mais possível para um turista obter carteira de motorista no Japão, devido à necessidade da apresentação do documento que comprove a residência. Isso representa uma mudança significativa no sistema japonês, em busca de maior segurança nas estradas.
Fontes: SUT TV, FNN e FBC







