
Assassinada e família chantageada (Instagram/Post Seven)
Uma jovem cantora e modelo freelancer bielorrussa, Vera Kravtsova, de 26 anos, sonhava em trabalhar no exterior quando aceitou uma suposta oferta de modelagem online que a levou à Tailândia em 20 de setembro de 2025.
No entanto, o que parecia ser uma oportunidade profissional virou um pesadelo. Um grupo de fraudes a enganou, levando-a a uma armadilha fatal.
De acordo com a imprensa local, no início de outubro, a família da modelo recebeu uma mensagem chocante de uma organização criminosa. A gangue não apenas informou sobre a morte da jovem, mas também revelou que seus órgãos haviam sido vendidos, exigindo ainda o equivalente a 76,5 milhões de ienes para devolver o corpo.
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Depois, os criminosos mencionaram que o corpo de Kravtsova havia sido cremado, aconselhando a família a parar a busca. Agora, os familiares lutam para recuperar os restos mortais. Mas o que, de fato, aconteceu?
Modelo foi levada de Bangkok a Mianmar
Ao chegar a Bangkok, capital da Tailândia, a modelo bielorrussa foi levada ao país vizinho, Mianmar, onde foi sequestrada. Ela teve seus pertences roubados, foi agredida e ameaçada, antes de ser forçada a trabalhar como uma “escrava” do grupo de fraudes, enganando homens ricos online para roubar seu dinheiro. Como não conseguiu atingir suas metas, teria sido vendida para um grupo de tráfico de órgãos e, tragicamente, acabou sendo assassinada.
O caso da modelo levantou suspeitas sobre conexões entre organizações criminosas e a Tailândia, especialmente considerando que o crime começou em Bangkok. Contudo, o governo tailandês negou qualquer envolvimento, afirmando que ela não sofreu violência no país e que se deslocou voluntariamente para Mianmar.
Perigo em Mianmar e Camboja
Nos últimos anos, Mianmar tem visto uma crescente presença de organizações fraudulentas ao longo da fronteira com a Tailândia, especialmente em locais como o KK Park, onde estima-se que 100 mil pessoas trabalhem sob coerção. As forças de segurança têm intensificado os esforços de fiscalização na região. Em 23 de outubro, o exército tailandês anunciou que garantiu a segurança de mais de 600 imigrantes ilegais, que fugiram desse esquema, destacando a dimensão do problema.
Casos semelhantes já ocorreram, como em fevereiro passado, quando dois estudantes japoneses foram resgatados em Mianmar, onde eram forçados a enganar pessoas em esquemas fraudulentos. Este incidente pode ser apenas a ponta do iceberg de um esquema maior que atrai vítimas com promessas enganosas.
Não só no Mianmar, mas o Camboja também tem um desses centros de fraude. Recentemente, uma brasileira caiu em um desses contos do “emprego maravilhoso” e está presa naquele país.
Fonte: Post Seven







