Ataques de ursos no Japão: deitar-se de bruços pode salvar vidas , diz pesquisa (ilustrativa/banco de imagens)
Um novo estudo no Japão revela que adotar uma postura defensiva ao deitar-se de bruços durante um encontro com um urso pode prevenir ferimentos graves.
O Japão registrou um número recorde de encontros fatais este ano, com 12 pessoas mortas por ursos em todo o país, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente.
Pesquisadores da Universidade de Akita, no nordeste do Japão, entrevistaram 70 pessoas feridas em ataques de ursos em 2023 e descobriram que as lesões faciais, nas mãos e nos braços eram as mais prevalentes.
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No entanto, sete pessoas entre os entrevistados que se deitaram de bruços e cobriram a cabeça e o pescoço escaparam de ferimentos graves.
Cientistas avaliaram relatos pessoais dos ataques de sobreviventes e vincularam esses dados a informações de prontuários médicos, como o tipo e a gravidade da lesão, em descobertas que são as primeiras do tipo baseadas em dados reais.
Dos 70 entrevistados, 23 foram casos graves com múltiplos traumas, exigindo anestesia geral e a amputação de dedos e membros.
“Houve 23 casos graves, seis casos de paralisia do nervo facial e quatro casos de distúrbios oculares”, observou o estudo publicado no jornal Clinical Orthopaedic Surgery.
“Entre os afetados, 7 pessoas (10% do total) conseguiram adotar uma postura defensiva, e nenhuma dessas 7 pessoas ficou gravemente ferida”, disseram os pesquisadores.
Os ursos são amplamente distribuídos no Japão, com ursos-pardos encontrados em Hokkaido e ursos-negros vistos amplamente nas províncias de Honshu e Shikoku.
Aumento de ataques
Nos últimos anos, os ataques de ursos aumentaram, atribuídos a mudanças de habitat causadas por uma maior frequência de atividades humanas nas florestas.
Das 209 lesões humanas relacionadas a ursos relatadas no país em 2023, 70 ocorreram na província de Akita.
Maioria foi atacada enquanto realizava atividades diárias ao ar livre
A maioria dos feridos foi atacada enquanto realizava atividades diárias ao ar livre perto de suas próprias residências.
“Os ataques foram frequentes mesmo em áreas próximas às casas das pessoas, como terras agrícolas e zonas residenciais arborizadas”, escreveram os pesquisadores.
“É importante que as pessoas entendam os hábitos dos ursos e aprendam maneiras eficazes de se protegerem de ataques”, disse o coautor do estudo e cirurgião ortopédico Yuki Ishigaki.
Embora a postura defensiva revelada no estudo não possa garantir segurança completa, os pesquisadores afirmam que ela pode ajudar a minimizar lesões na cabeça e na parte superior do corpo, que são as áreas mais frequentemente visadas pelos ursos durante os ataques.
Fonte: Independent
