
Queda de turistas chineses no Japão pode gerar perdas bilionárias (imagem ilustrativa/PM)
O Japão pode enfrentar perdas superiores a ¥2 trilhões (cerca de US$ 12,73 bilhões) se o número de turistas chineses cair drasticamente.
O alerta foi feito por um economista japonês, em decorrência das observações equivocadas da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre a questão de Taiwan, na China.
Hideo Kumano, economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute, com sede em Tóquio, afirmou, durante uma entrevista ao China Media Group, que, caso o atual estado de tensão nas relações China-Japão persista por mais de um ano, a consequente queda nos gastos dos turistas chineses infligirá um enorme impacto no setor de turismo do Japão, especialmente em suas economias locais.
Artigos relacionados
Cancelamentos de viagens e protestos de Pequim
Após fortes protestos chineses em relação às declarações de Takaichi sobre Taiwan, uma série de cancelamentos de passagens aéreas – pelo menos 491 mil – foi relatada.
Isso ocorreu depois que a China emitiu alertas de viagem para seus cidadãos que planejavam viagens ao Japão.
O governo do Japão aprovou um pacote de estímulo econômico de ¥21,3 trilhões na sexta-feira (21), uma medida que visa apoiar a economia enquanto ela lida com uma inflação persistente e tarifas dos EUA.
Estímulo fiscal e riscos inflacionários
No entanto, Kumano disse que implementar um estímulo fiscal enquanto o Japão está vivenciando inflação será contraprodutivo.
“Este não é um estímulo fiscal durante a deflação; este é um estímulo fiscal durante a inflação. Isso levará a um maior enfraquecimento do iene e a um subsequente aumento nos preços”, disse ele.
Uma vez que o aumento da receita tributária é insuficiente para cobrir a lacuna de gastos, o governo japonês é forçado a depender de operações fiscais que envolvem a emissão adicional de títulos do governo.
Essa dependência, por sua vez, elevará as taxas de juros de longo prazo, fazendo com que a economia japonesa desacelere ainda mais, alertou o economista.
Fonte: CGTN







