Tailândia nega trégua e exige fim da hostilidade do Camboja (imagem ilustrativa/PM)
O Camboja fechou suas passagens de fronteira com a Tailândia no sábado (13), depois que Bangkok negou a alegação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que uma trégua havia sido acordada para acabar com dias de combates mortais.
A violência entre os vizinhos do Sudeste Asiático, que decorre de uma longa disputa sobre a demarcação de sua fronteira de 800Km da era colonial, deslocou cerca de meio milhão de pessoas em ambos os lados.
O primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, reiterou na noite de sábado que nenhum cessar-fogo havia sido alcançado com o Camboja, prometendo continuar as operações militares ao longo da fronteira disputada.
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“É provável que seja um mal-entendido”, informou o Bangkok Post, citando as palavras de Anutin, após um apelo do primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, para que os dois países cessassem as hostilidades.
“Atualmente, há muita comunicação em andamento. Seria melhor ouvir as declarações dos militares. Neste momento, não há negociações de cessar-fogo, e ainda não é o momento para isso”, ele acrescentou.
O ministro da Defesa tailandês, Nattaphon Narkphanit, também confirmou que o governo não havia emitido nenhuma ordem de cessar-fogo às forças armadas, dizendo que não haveria interrupção das operações até que o Camboja “cesse claramente toda a hostilidade” contra a Tailândia.
Proposta de cessar-fogo da Malásia e fechamento de fronteiras
Em um comunicado no sábado, Anwar disse que havia pedido a ambos os países que cessassem as hostilidades transfronteiriças até as 22h, horário local, de sábado, com uma equipe de observadores da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) para monitorar a trégua no local.
O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, em um comunicado no sábado no Facebook, disse que acolheu a proposta de Anwar.
Pelo menos 25 pessoas morreram na semana passada, incluindo quatro soldados tailandeses que, segundo o Ministério da Defesa, foram mortos na área da fronteira no sábado.
Vítimas e suspensão de movimentos na fronteira
As últimas fatalidades foram seguidas por Phnom Penh, capital do Camboja, anunciando que “suspenderia imediatamente todos os movimentos de entrada e saída em todas as passagens de fronteira Camboja-Tailândia”, disse o Ministério do Interior.
Cada lado culpou o outro por reacender o conflito, antes que Trump dissesse que uma trégua havia sido acordada.
Fonte: CNA
