
Sismógrafo (PM)
Uma semana após a ocorrência do forte terremoto na costa de Aomori, o período que se pedia preparativos para a probabilidade de um outro de grande magnitude expirou à 0h de terça-feira (16).
Logo após o evento sísmico, foi a primeira vez que se emitiu um “Aviso de Terremoto na Costa de Hokkaido/Sanriku”, como uma das medidas preventivas e pelo risco de mais uma ocorrência.
O professor Takuya Nishimura do Instituto de Pesquisa de Prevenção de Desastres da Universidade de Quioto, especialista em movimento da crosta terrestre, deu uma entrevista para a NHK para explicar sobre a diminuição [ou não] do risco de um outro forte sismo.
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Especialista (NHK)
“Comparado ao período imediatamente posterior ao tremor, a possibilidade diminui gradualmente, mas, uma vez que o evento ocorre, o efeito de tornar a área circundante mais suscetível a outros abalos sísmicos pode, às vezes, durar um tempo relativamente longo”, apontou.
Ele citou o exemplo do terremoto de Sanriku Haruoka-oki em 1994. “O maior tremor secundário ocorreu cerca de 10 dias após o tremor principal. A possibilidade de um sismo não desaparece repentinamente em uma semana”, explicou. Também ponderou que as pessoas devem continuar a ter muito cuidado.
Cenários de terremotos de magnitude 7, 8 ou 9

Traço curvo indica onde há probabilidade de ocorrência de outros terremotos (PM)
Questionado sobre os possíveis cenários preocupantes, respondeu. “O cenário mais provável é um terremoto de magnitude 7 ao sul do epicentro desse evento sísmico Acredita-se que esse forte tremor tenha ocorrido na parte norte do epicentro do chamado de Tokachi-oki em 1968. Enquanto isso, a parte sul da área não se deslocou e continua a acumular tensão. Essa é a localização do tremor de Sanriku-Haruka-Oki de 1994 e, mesmo durante o megaterremoto de Tohoku-Oki de 2011, não se deslocou e continua a acumular tensão“, explicou.
“Em novembro, ocorreu um terremoto de magnitude 6,9 mais ao sul. Em outras palavras, a área que acumula tensão é a fonte da atividade sísmica. Isso sugere que a área está situada entre regiões ativas, tornando-a potencialmente mais suscetível a terremotos de magnitude 7”, emendou.
Nos cenários subsequentes, citou as probabilidades de ocorrências de sismo de magnitude 8 próximo ao epicentro desse evento sísmico; mas também um de 9, previsto ao longo da Fossa das Curilas.
“O deslizamento lento está atualmente contido a leste do epicentro desse evento sísmico. Embora não haja, no momento, sinais de impacto direto dele, caso ele se propague para nordeste, poderá aumentar o risco de um megaterremoto. Apesar de dados terem sido obtidos recentemente por meio da rede de observação de sismos e tsunamis no fundo do oceano S-net, esta área ainda é pouco estudada. Precisamos monitorar cuidadosamente quaisquer mudanças na situação”, pontuou.
Fonte: NHK







