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Trump processa BBC e exige indenização de US$ 10 bilhões

| Notícias do Mundo

Trump processa a BBC devido a um documentário exibido no Reino Unido sobre ele, alegando que sua fala foi editada, gerando uma interpretação diferente da original.

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BBC

Foto meramente ilustrativa (IA)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu a ameaça feita no mês passado de processar a estatal do Reino Unido, British Broadcasting Corporation (BBC), alegando que a emissora o difamou em um documentário.

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Na segunda-feira (15), o presidente Trump entrou com o processo contra a BBC em um tribunal distrital federal na Flórida, Estados Unidos.

O presidente americano está exigindo US$ 10 bilhões de indenização, afirmando que a corporação financiada com dinheiro público tentou “intencionalmente e maliciosamente” enganar os telespectadores em uma edição de seu discurso proferido em 6 de janeiro de 2021, em Washington, no programa “Panorama”. 

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O documentário intitulado “Trump: Uma Segunda Chance?”, editou trechos de comentários de Trump em seu discurso no Capitólio. Assim, sugeriu que Trump havia incentivado seus apoiadores a invadirem o Capitólio enquanto os parlamentares ratificavam sua derrota para Joe Biden na eleição presidencial americana de 2020.

No programa, Trump aparece dizendo a seus apoiadores “vamos caminhar até o Capitólio” e que eles “lutariam com todas as forças”, um comentário que ele fez em outra parte do discurso.

Na verdade, ele complementou o comentário sobre ir a pé até o Capitólio dizendo que seus apoiadores “aplaudiriam nossos bravos senadores e congressistas”.

O documentário foi ao ar inicialmente em outubro de 2024, há mais de um ano. Mas só recentemente gerou polêmica, após o vazamento de um memorando crítico enviado ao conselho da BBC por Michael Prescott, ex-consultor independente do comitê de padrões da emissora.

Diretores da BBC se demitem após escândalo

Prescott chamou a atenção para o programa ao acusar a BBC de falhas mais amplas em sua cobertura, não apenas de Trump, mas também da guerra entre Israel e o Hamas e dos direitos transgênero. A disputa subsequente levou às renúncias do diretor-geral da BBC, Tim Davie, e de Deborah Turness, chefe de jornalismo.

Erro ou viés

Na ação judicial, apresentada esta semana em um tribunal federal no Distrito Sul da Flórida, os advogados de Trump afirmaram que a edição do discurso criou uma narrativa falsa. Eles alegam que a edição o retratou falsamente como se estivesse incitando diretamente a violência e tumultos.

O processo foi instaurado com base em duas acusações: a primeira por difamação e a segunda por violação da Lei de Práticas Comerciais Enganosas e Desleais da Flórida (FDUTPA).

“Ao contrário da alegação da BBC de que a edição, manipulação e distorção do discurso foram um ‘erro editorial’ não intencional, há evidências substanciais que sugerem que se tratou de um esforço intencional e malicioso“, afirma a ação judicial.

Os advogados de Trump alegam que a edição do programa Panorama fazia parte de um “padrão de longa data” para deturpar a imagem de Trump, citando outros conteúdos, incluindo uma transmissão do programa Newsnight em 2022.

Trump busca indenização por danos morais e materiais. O processo alega que ele sofreu “danos econômicos massivos ao valor de sua marca e danos e prejuízos significativos às suas perspectivas financeiras futuras“.

BBC processada e a jurisdição

“A jurisdição provavelmente será o principal ponto de discórdia nesta disputa”, afirmou Bambos Tsiattalou, fundador da Stokoe Partnership Solicitors, uma firma de advocacia do Reino Unido.

Os advogados da BBC já argumentaram que o tribunal da Flórida não tem jurisdição para julgar o caso. A emissora afirmou que o documentário não foi distribuído nos EUA e que o serviço de streaming iPlayer da BBC estava com restrição geográfica.

Mas os advogados de Trump contestam, alegando que o programa estava disponível na Flórida para assinantes do BritBox, um serviço de streaming por assinatura. Eles também argumentam que os espectadores podem ter usado redes virtuais privadas (VPNs), que mascaram a localização do usuário da internet, para burlar as restrições geográficas.

O processo de Trump também afirma que as filmagens ocorreram em Mar-a-Lago, na Flórida, e que a BBC mantém um escritório no estado.

O prazo de prescrição de um ano para ações por difamação provavelmente impedirá Trump de processar na Inglaterra e no País de Gales.

“Vamos nos defender neste caso”, reiterou a BBC após a abertura do processo.

Fontes: NHK, BBC e Financial Times

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