Pessoas com certo tipo de sangue têm menos probabilidade de contrair coronavírus

Resultados preliminares de estudo com mais de 750 mil participantes sugerem que o sangue tipo O é especialmente protetor contra o coronavírus.

Tubos com amostras de sangue em laboratório (ilustrativa/PM)

Uma pesquisa da gigante de testes genéticos 23andMe encontrou diferenças em um gene que influencia o tipo de sangue de uma pessoa que pode afetar a suscetibilidade de um indivíduo à Covid-19.

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Cientistas vêm observando fatores genéticos para tentar determinar por que algumas pessoas que contraem o novo coronavírus não apresentam sintomas, enquanto outras ficam gravemente doentes.

Em abril, a 23andMe iniciou um estudo que buscou usar os milhões de perfis em sua base de dados de DNA para ajudar a esclarecer sobre o papel que a genética representa na doença.

Resultados preliminares de mais de 750 mil participantes sugerem que o tipo de sangue O é especialmente protetivo contra a SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, disse a companhia na segunda-feira (8). As descobertas refletem outra pesquisa que indicou uma ligação entre variações nos genes ABO e a Covid-19.

Muitos outros grupos, incluindo a rival da 23andMe, a Ancestry, estão combinando genoma para ajudar a dar sentido ao vírus. Sabe-se que fatores como idade e condições de saúde subjacentes podem determinar como as pessoas se saem uma vez que contraem a Covid-19.

Mas esses fatores sozinhos não explicam a ampla diversidade de sintomas, ou por que algumas contraem a doença e outras não. Estudar a genética de pessoas que são mais suscetíveis à SARS-CoV-2 poderia auxiliar a identificar e proteger aquelas que estão sob maior risco, assim como ajudar a acelerar tratamento e desenvolvimento de medicamentos.

Vários outros estudos observando tanto a gravidade da doença e suscetibilidade também sugeriram que tipos de sangue representam um papel.

Pesquisa publicada na semana passada antes de peer review (revisão por pares) sugeriu que o tipo sanguíneo pode representar um papel na gravidade das reações dos pacientes à SARS-CoV-2.

O estudo olhou os genes de mais de 1,6 mil pacientes na Itália e Espanha que tiveram insuficiência respiratória e descobriram que ter o tipo A estava ligado a 50% de aumento na probabilidade de um paciente precisar de ventilação mecânica. Um estudo chinês anterior apareceu com resultados similares em relação à suscetibilidade à Covid-19.

“Também houve alguns relatos de ligações entre Covid-19, coagulação sanguínea e doença cardiovascular”, disse Adam Auton, pesquisador líder no estudo da 23andMe. “Esses relatórios forneceram alguns indícios sobre quais genes podem ser relevantes”.

O estudo da 23andMe, que olhou a suscetibilidade ao contrário da gravidade da doença, incluiu 10 mil participantes os quais disseram à companhia que tinham Covid-19.

A pesquisa descobriu que indivíduos com o tipo O têm entre 9 a 18 por cento menos probabilidade do que aqueles com outros tipos de sangue para testar positivo para o vírus. Entretanto, houve pouca diferença em suscetibilidade entre outros tipos de sangue, descobriu o estudo.

Quando os pesquisadores ajustaram dados para contar por fatores como idade e doenças pré-existentes, assim como quando restringiram os dados para somente aqueles com alta probabilidade de exposição como profissionais da saúde, as descobertas foram as mesmas.

Auton disse que enquanto essa evidência seja convincente, ainda há um longo caminho pela frente.

“É cedo, mesmo com amostras dessa proporção, pode não ser suficiente encontrar associações genéticas”, disse ele. “Não somos o único grupo olhando isso, e finalmente a comunidade científica pode precisar acumular recursos para realmente endereçar questões rodeando as ligações entre genética e Covid-19”.

Fonte: Bloomberg, China Morning Post

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Pediatra japonês que descobriu a doença de Kawasaki morre aos 95 anos

Publicado em 10 de junho de 2020, em Sociedade

A doença atraiu atenção renovada com muitas crianças desenvolvendo sintomas similares na Europa e EUA, levantando preocupações sobre uma possível ligação com o novo coronavírus.

Tomisaku Kawasaki morreu aos 95 anos em 5 de junho (NHK)

Tomisaku Kawasaki, pediatra que descobriu a rara síndrome inflamatória que afeta crianças pequenas e que posteriormente recebeu seu nome, morreu em um hospital de Tóquio aos 95 anos, anunciou um instituto médico de pesquisa nesta quarta-feira (10).

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O nativo de Tóquio morreu de velhice na tarde de sexta-feira (5), disse o Centro de Pesquisa de Doenças Kawasaki. A síndrome recentemente atraiu atenção renovada com um aumento no número de crianças desenvolvendo sintomas similares na Europa e Estados Unidos, levantando preocupações sobre uma possível ligação com o novo coronavírus.

Enquanto tratamentos para a doença de Kawasaki foram em sua maioria estabelecidos, sua causa ainda precisa ser determinada, sem evidência decisiva que suporte teorias culpando um vírus ou bactéria.

Kawasaki começou a trabalhar como pediatra no antigo Centro Médico da Cruz Vermelha Japonesa em 1950 após se formar na instituição que posteriormente se tornou a Universidade de Chiba.

Em 1961, ele entrou em contato pela primeira vez com uma doença desconhecida em crianças caracterizada por sintomas incluindo febre alta, erupções cutâneas, irritação e vermelhidão da esclera e língua inchada. Ele então presenciou dezenas de casos nos anos seguintes.

Em 1967, Kawasaki escreveu um artigo no “Arerugi”, um jornal de observações clínicas sobre alergias de 50 casos de doentes sob o título “Síndrome dos gânglios linfáticos mucocutâneos febril agudo em crianças pequenas com descamação digital única”, e a doença recebeu o nome em homenagem a ele.

Normalmente a doença afeta criança com idade igual ou inferior a 5 anos e pode limitar o fluxo sanguíneo para o coração e causar inflamação vascular assim como infarto do miocárdio.

Após se aposentar do Centro Médico da Cruz Vermelha Japonesa em 1990, Kawasaki se tornou o chefe de uma organização que depois recebeu o nome de Centro de Pesquisa da Doença de Kawasaki do Japão, atuando como seu presidente posteriormente.

Ele recebeu o prêmio da Japan Academy Prize por sua pesquisa sobre a doença de Kawasaki em 1991 e também o primeiro Japan Pediatric Society Prize em 2006. Ele também foi homenageado pelo governo metropolitano por suas contribuições em seu campo.

Fonte: Mainichi

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