Conferência sobre assistência aos brasileiros no exterior em Brasília

A assistência aos brasileiros das comunidades no exterior, incluindo o Japão, foi tema da conferência: violência, saúde mental e tráfico de pessoas.

Brasileiros no exterior, em mais de 50 países (Flickr)

As comunidades brasileiras no exterior, estimadas em uma população de 3 milhões de pessoas espalhadas por cerca de 50 países, enfrentam, muitas vezes, dificuldades na imigração relacionadas a tráfico de pessoas, exploração de mão de obra, violência de gênero e problemas de saúde mental.

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Para melhorar a assistência a brasileiros que passam por situação de risco no exterior, o Itamaraty promoveu em Brasília a 1.ª Conferência sobre Assistência Consular: Tráfico de Pessoas, Violência de Gênero e Problemas Correlatos, de 27 a 29 deste mês.

Participaram dos debates psicólogos da rede consular, funcionários de consulados, além de acadêmicos. O encontro é promovido em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) e a União Europeia.

Segundo a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Luiza Lopes da Silva, a pasta identificou que os problemas são mais recorrentes em nove países da Europa, Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Guiana e Suriname, Japão, Austrália e Líbano.

Embaixadora Luiza Lopes conta que as irregularidades ocorrem em diversas partes do mundo José Cruz/Agência Brasil

América do Sul e EUA

Na América do Sul, os casos mais graves envolvem tráfico de pessoas, exploração de trabalhadores e violência de gênero no chamado Arco das Guianas por causa do garimpo. “Temos pelo menos 30 mil garimpeiros brasileiros ali e atrás deles vem toda uma comunidade brasileira para fornecer serviços e comércio de todo tipo incluindo prostituição”, disse a diplomata.

Nos Estados Unidos, com cerca de 1,1 milhão de brasileiros, a maioria dos problemas que chega aos postos consulares está relacionada à violência doméstica, com predomínio de mulheres brasileiras casadas com estrangeiros, e à exploração da mão de obra.

“A falta de proficiência no idioma, incapacidade de se colocar no mercado de trabalho, dependência financeira, falta de rede de apoio e os choques culturais com a família do cônjuge trazem vulnerabilidade à mulher. Uma vulnerabilidade adicional é se houver filhos menores, o que impede o divórcio e o retorno ao Brasil”, diz Luiza Lopes.

Assistência aos brasileiros do Canadá

Nos casos verificados de exploração no trabalho, a situação imigratória irregular deixa muitos brasileiros expostos a situações sem garantias trabalhistas e sem segurança jurídica no emprego

No Canadá, com uma comunidade brasileira estimada em 86 mil, os problemas de saúde mental estão entre os mais verificados. Os transtornos psicológicos relacionados ao isolamento, ao longo e rigoroso inverno, à dificuldade de adaptação ao novo país são agravados por dificuldades econômicas e profissionais, quando o migrante tem que submeter a empregos de baixa qualificação ou informais. “O imigrante perde as referências culturais e a rede de apoio de família e amigos”, destaca a embaixadora.

Tráfico de pessoas

Na Europa, com aproximadamente 1 milhão de brasileiros, os casos registrados de tráfico de pessoas estão relacionados à exploração da prostituição em sua maioria. Na França e, sobretudo na Itália, o Itamaraty identificou a exploração de transexuais e travestis na indústria do sexo. “A comunidade trans também é vítima de violência de gênero, e as redes de exploração são de brasileiros”, afirmou Luiza.

No Japão: saúde mental, violência e aumento de idosos

Brasileiros no Japão (Flickr)

De acordo com a embaixadora, os agentes consulares no Japão lidam predominantemente com casos de saúde mental, envolvendo abuso de drogas e álcool, e de violência contra a mulher. Luiza também destaca a ocorrência de situações de abuso, maus-tratos e negligência a menores.

Com o envelhecimento da comunidade brasileira no país asiático, estimada em 180 mil, um novo fenômeno está preocupando o Itamaraty: o abuso psicológico e financeiro de idosos brasileiros pelas famílias com relatos de negligência em situações de doença ou dificuldades relacionadas à idade avançada.

Austrália e Líbano

Na Austrália e no Líbano, os problemas mais recorrentes são os casos de violência contra a mulher em casamentos com cônjuges estrangeiros, que podem resultar em transtornos como ansiedade e depressão.

A embaixadora lembra que a primeira geração que imigra lida com problemas inesperados. “Poucas migram em condições ideais, no emprego dos sonhos. Enfrentam muitas dificuldades e inseguranças, se submetem a situações difíceis, a empregos informais com carga horária pesada, sem segurança jurídica, a maridos violentos que fazem chantagem com o visto. Muitos migram sem saber nada disso.”

Entre os resultados esperados da conferência estão o compartilhamento de experiências e a capacitação dos agentes consulares para identificar os sinais de problemas que atingem os brasileiros no exterior.

Fonte: Agência Brasil

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Japão está se preparando para compra massiva de caças F-35 dos EUA

Publicado em 30 de novembro de 2018, em Sociedade

O ministério da defesa do Japão disse que quase metade de sua frota existente de caças F-15J não pode ser atualizada, tornando necessária a compra de novas aeronaves.

O jornal Nikkei News colocou o valor do negócio de caças a $8.8 bilhões (NHK)

O Japão está se preparando para encomendar cerca de 100 aviões de combate F-35 desenvolvidos nos EUA em um negócio que poderia aumentar potencialmente o balanço de poder na Ásia, de acordo com fontes familiares ao processo.

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A encomenda incluiria uma versão do caça capaz de decolar e pousar verticalmente, uma característica que poderia levar o Japão a transformar alguns de seus navios existentes em porta-aviões para que ele possa operar as aeronaves no mar – uma capacidade que o país não tem desde a 2ª Guerra Mundial, disse ao CNN uma fonte com conhecimento do assunto sobre o programa F-35.

O Ministério da Defesa do Japão não confirma o negócio, mas disse que estava buscando adquirir um “caça altamente competente” quando seu “plano intermediário de manutenção de defesa” chegar para aprovação do Gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe em dezembro.

O ministério disse que quase metade de sua frota existente de caças F-15J não pode ser atualizada, tornando necessária a compra de novas aeronaves. “Nesse ponto, o modelo concreto não foi decidido”, disse o escritório de imprensa do ministério.

Contudo, uma fonte próxima ao programa F-35 dos EUA confirmou ao CNN que um negócio estava sendo trabalhado para que o Japão compre cerca de 100 dos caças furtivos F-35.

O Pentágono promove os F-35, com as mais avançadas aviônicas do mundo, motores e armamento, como a “aeronave mais acessível, letal, sustentável e resistente já usada”.

O jornal Nikkei News colocou o valor do negócio de caças a $8.8 bilhões, com o valor de cada aeronave a $88 milhões.

Preocupações sobre o ambiente de segurança instável na Ásia

A mudança, a qual os críticos alegam violar a constituição pacifista pós-guerra do Japão, ocorre em meio à expansão naval chinesa no Oceano Pacífico. Um livro branco de defesa japonês destacou em agosto preocupações sobre o ambiente de segurança instável na Ásia.

“A rápida modernização do Exército Popular de Libertação, aprimoramento de capacidades operacionais e aumento de atividades unilaterais em áreas perto do arquipélago japonês estão gerando grandes preocupações em relação à segurança na região e na comunidade internacional, incluindo o Japão”, disse o livro branco.

Falando ao CNN, Timothy Health, analista sênior de defesa na RAND Corp, disse que a ambição da China em dominar a região Ásia-Pacífico carrega “enormes consequências para o Japão”.

“Pagar por sua própria defesa”

Ao mesmo tempo, a abordagem pouco convencional da administração de Trump em relação ao comércio e alianças militares deixou Tóquio se sentindo, por vezes, incerta da extensão do apoio dos EUA nos últimos meses, o qual havia sustentado suas relações internacionais desde o fim da 2ª Guerra Mundial.

Repetidamente, o presidente Donald Trump pediu a aliados militares no leste da Ásia que pagassem por sua própria defesa, ameaçando o fim de uma presença militar dos EUA na região enquanto encoraja o Japão a comprar mais armas americanas.

O comprometimento do Japão em adquirir mais F-35 é, em parte, um esforço para reafirmar sua parceria militar com os EUA, de acordo com a fonte próxima ao programa, a qual observou que a aeronave não oferece somente uma atualização na capacidade, mas também facilita a força em parceiros aliados.

Fonte: CNN

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