Escândalo de falsificação de dados da KYB prejudica ainda mais a reputação do Japão

A empresa falsificou dados de inspeção de equipamentos que controlam a vibração e reduzem o balanço provocado por terremotos.

Dados falsos de qualidade relativos a amortecedores a óleo usados para controlar vibração e reduzir o balanço provocado por terremotos. (FNN)

Um grande fabricante de equipamentos hidráulicos fez o anúncio alarmante que seus funcionários, por anos, cometeram fraude de qualidade de produtos ao falsificar dados de inspeção de aparatos que protegem prédios de terremotos.

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Executivos da KYB Corp. confirmaram em 16 de outubro os dados falsos relativos a amortecedores a óleo usados para controlar vibração e reduzir o balanço provocado por terremotos.

A empresa descobriu 499 amortecedores de isolamento de base que falharam em atender os padrões de qualidade exigidos para certificação do ministério da infraestrutura, assim como 1.914 unidades que não se adequaram às especificações prometidas aos clientes.

Mais 5.137 unidades estão atualmente sob investigação, de acordo com a empresa. O número total representa mais de 70% de todos os amortecedores sísmicos que a empresa despachou.

Falsificação de dados afeta cerca de mil estruturas em todo o país

Os casos confirmados ou suspeitos de falsificação de dados afetam cerca de mil estruturas em todo o país, incluindo várias instalações públicas com grande fluxo de visitantes, como hospitais, prédios do governo e grandes complexos comerciais, disse a empresa.

Eles também incluem prédios que foram designados como instalações importantes para comunidades locais na prevenção e mitigação de desastres naturais.

Fraudes desde 2003

Os dados de práticas de fraude registrados remontam ao ano de 2003 com pelo menos oito inspetores envolvidos, de acordo com a empresa que tem sede em Tóquio. O método de reescrever dados foi passado verbalmente por funcionários que lidavam com os testes de inspeção.

Se um produto falhar em atender os padrões estabelecidos pelo Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo ou as especificações exigidas pelo cliente, ele deve ser desmontado e reajustado para uma outra inspeção, de acordo com as regras da KYB.

Aparentemente, os trabalhadores manipularam os dados de inspeção para evitar esse processo, que leva cerca de cinco horas para ser concluído.

A KYB disse que estabelecerá um comitê de investigação independente formado por especialistas externos para examinar os casos, revelar os fatos e identificar fatores por trás da fraude.

Contudo, o quadro completo ainda será revelado. Cerca de dois anos provavelmente serão necessários para substituir todos os produtos enviados com base nos dados falsos.

Série de escândalos afetam o setor de fabricação do Japão

O setor de fabricação do Japão vem sendo atingido por uma série de escândalos de fraude de qualidade de produtos nos últimos anos. Muitos deles envolvem anos de práticas fraudulentas.

Há três anos, por exemplo, descobriu-se que a Toyo Tire & Rubber havia mentido sobre os desempenhos de seus produtos de borracha para isolamento sísmico.

No fim do ano passado, o Keidanren – o maior lobby de negócios do país – pediu as suas empresas membro que realizassem novas investigações in-house para descobrir se havia quaisquer práticas fraudulentas relativas à qualidade de produtos, como falsificações de dados.

A KYB disse que falhou em detectar o problema na época.

Os produtos de fabricantes japoneses já foram muito conhecidos por sua qualidade excessiva (kajo hinshitsu). As recentes revelações sobre falsificação de dados levantaram suspeitas de que os produtos japoneses eram na verdade de qualidade fictícia (kaku hinshitsu).

Essas suspeitas ameaçam conduzir um golpe devastador à credibilidade e reputação da fabricação japonesa.

Fonte: Asahi
Imagem: FNN

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Governo quer aumento da área informativa sobre os malefícios do cigarro na embalagem

Publicado em 19 de outubro de 2018, em Economia

A informação sobre os malefícios do cigarro na saúde é obrigatória na embalagem, mas o governo quer mudar isso. Veja mais.

A atual área de cerca de 30% deverá ser maior com texto mais compreensível (ANN)

O Ministério das Finanças iniciou na manhã de sexta-feira (19) uma discussão sobre a área da informação sobre os efeitos maléficos do cigarro no corpo do usuário.

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A atual estampa ocupa uma área de pouco mais de 30% da superfície da embalagem, tanto na parte frontal quanto no verso. Essa informação é obrigatória por lei.

Além de considerar um aumento na área para 50%, o governo quer mudar a forma de expressão. Há um desafio de facilitar a compreensão com texto simplificado, pois há quem reclame também do tamanho das fontes.

Essa obrigatoriedade teve início em 2005 e as mudanças deverão ser propostas ainda durante este ano.

O objetivo do ministério é promover as mudanças no design das embalagens antes das Olimpíadas e Paralimpíadas 2020, a serem realizadas em Tóquio.

Fonte e foto: ANN

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