Tensão entre Tóquio e Seul ameaça turismo no Japão

Além de Hokkaido, destinos populares em Kyushu também sofrem em decorrência do boicote ao Japão na Coreia do Sul.

Locais popualres entre os turistas estrangeiros. A Lagoa Azul de Hokkaido (à esq.) e área de fontes termais de Beppu, Oita (à dir.) – PM

A tensão entre Tóquio e Seul está ameaçando o auge do turismo do Japão, enquanto os que seriam turistas sul-coreanos cancelam seus voos e reservas em hotéis.

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A ilha no extremo norte do arquipélago, Hokkaido, e a no sul, Kyushu, são ambas destinos populares para turistas sul-coreanos. Em ambos os lugares esses turistas formam uma porção significante de visitantes do exterior e contribuem para as despesas de consumo.

Cerca de 3 milhões de turistas estrangeiros visitaram Hokkaido no ano fiscal de 2018, alta 300% em comparação há uma década. Esses visitantes do exterior contam por 26% do total de gastos dos turistas, de acordo com o governo da província de Hokkaido. Agora, grande parte disso está sob risco.

Dados de uma subsidiária da NTT e da JCB podem dar alguns esclarecimentos sobre tendências de negócios relacionadas a turistas estrangeiros em Hokkaido.

Hokkaido

A cidade de Noboribetsu, bem conhecida em todo o Japão por causa de seus resorts de águas termais, é um dos destinos mais populares na ilha. Muitos dos turistas do exterior que viajam até lá são da Coreia do Sul, onde fontes de águas termais são raras se comparadas ao Japão.

Decisões de tribunais na Coreia do Sul sobre indenização por trabalho em tempo de guerra e controles de exportação mais rigorosos do Japão espremeram as relações entre os dois países. Protestos e boicotes a produtos japoneses decolaram na Coreia do Sul enquanto o conflito continua.

Um parque temático em Hokkaido onde os visitantes podem se vestir de ninja ou usar quimono é popular entre turistas da Coreia do Sul e recebeu 330.000 desses visitantes em 2018. Entretanto, de acordo com o gerente do local, Keiji Yamada, o número vem caindo.

O parque vem tentando atrair mais turistas de outros países ao fazer propaganda em cinco línguas na mídia social.

A diminuição também está afetando restaurantes em Hokkaido, região famosa por causa dos frutos do mar. “Estamos preocupados”, disse o gerente de um estabelecimento que serve caranguejos em Sapporo. “Os sul-coreanos formam a maior parte de nossos clientes”.

Cerca de 1.600 pessoas cancelaram reservas para outubro no restaurante e aproximadamente 150 em agosto. O número de reservas para grupos caiu pela metade e de 3 a 4 pessoas por dia ligam para dizer que não querem mais a reserva.

Companhias aéreas também estão reduzindo voos. A Korean Air suspenderá voos entre Busan e Sapporo em setembro, e a LCC Easter Jet suspenderá a mesma rota.

A Asiana Airlines registrou em agosto queda de 30% em seus voos na rota Seul a Sapporo. “Estamos tentando atrair mais clientes japoneses, mas a diferença no número de sul-coreanos e japoneses é enorme”, disse um representante da Asiana.

Hotéis também estão sentindo o peso. A Tsuruga Holdings, que opera hotéis em Hokkaido, registrou queda de cerca de 25% no número de hóspedes sul-coreanos em suas instalações ao redor do Lago Shikotsu.

Kyushu

Cidades no lado oposto no país estão encontrando o mesmo problema. A ilha de Kyushu é particularmente popular entre turistas sul-coreanos por causa de sua proximidade com o país vizinho. Em 2018, turistas sul-coreanos formaram cerca da metade de todos os visitantes do exterior em Kyushu.

Companhia aéreas também suspenderam voos em Kyushu. A LCC Jeju Air reduzirá seus voos Seul-Kitakyushu e Busan-Kitakyushu no fim de agosto, e outras empresas estão suspendendo voos para as províncias de Kagoshima, Saga, Kumamoto e Oita.

Uma ferry de alta velocidade entre Busan e Fukuoka registrou queda de 20% em comparação a julho do ano anterior no número de passageiros sul-coreanos. A JR Kyushu Ferry, que opera a embarcação, tem a previsão de que o número caia ainda mais em agosto.

Cancelamentos de reservas em hotéis também estão acontecendo. Em Okinawa, outro local favorito dos sul-coreanos, um hotel em Naha, o Novotel, o número de hóspedes sul-coreanos teve queda de 90% em relação ao ano passado.

O impacto também se espalha para outros negócios. Cancelamentos em populares resorts de águas termais em Saga começaram a se acumular. “Desde julho, tours em grupos da Coreia do Sul vêm sendo cancelados”, disse Hidetoshi Tanaka, representante do departamento de turismo do governo provincial.

Tanto para Hokkaido como para Kyushu, o impacto econômico em decorrência das relações desgastadas entre Tóquio e Seul está acabando de começar a ficar claro. Setores relacionados ao turismo nas duas regiões continuarão a sofrer enquanto a tensão entre os dois países continuar.

Fonte: Asia Nikkei

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Sequestrador de ônibus no Rio é morto por atiradores de elite

Publicado em 20 de agosto de 2019, em Brasil

Pelo Twitter, a PM informou que a ocorrência foi encerrada sem vítimas entre os reféns.

O sequestro começou pouco antes das 6h e interditou a ponte nos dois sentidos (Agência Brasil)

O porta-voz da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, coronel Mauro Fliess, confirmou que o sequestrador que fez 37 reféns no início da manhã de terça-feira (20), em um ônibus na Ponte Rio-Niterói, foi morto por atiradores de elite.

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Tiros foram ouvidos no local por volta das 9h. Pelo Twitter, a PM informou que a ocorrência foi encerrada sem vítimas entre os reféns.

“O tomador de refém foi neutralizado por um atirador de precisão do #Bope [Batalhão de Operações Policiais Especiais] e todos os reféns foram libertados ilesos” postou a corporação.

O sequestro começou pouco antes das 6h e interditou a ponte nos dois sentidos. Até as 9h, o sequestrador havia liberado seis reféns. Segundo as primeiras informações, ainda não confirmadas, o sequestrador estava armado e se identificou como policial militar.

A polícia disse que a arma usada por ele era um simulacro, ou seja, de brinquedo.

A ponte permanece interditada.

Via Agência Brasil

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