Na terça-feira (28) o Japão classificou a pneumonia causada pelo novo coronavírus que se originou na cidade de Wuhan, na China, como “doença infecciosa designada” permitindo legalmente a hospitalização compulsória.
A designação aprovada pelo Gabinete também restringirá pacientes infectados de sair para o trabalho e exigirá desinfecção de locais onde o vírus foi detectado.
O governo usará fundos públicos para pagar pelo tratamento médico daqueles sujeitos à hospitalização forçada. Cerca de 400 instituições médicas específicas em todo o Japão poderão oferecer o tratamento.
Essa é a quinta vez que o Japão invocou a designação, e a primeira desde a propagação da MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio) em 2014.
Outras medidas de emergência permitidas legalmente incluem exigir que médicos relatem quaisquer pacientes que testaram positivo para o coronavírus.
Tais medidas são as mesmas tomadas no passado para outras doenças infecciosas designadas pelo governo como Classe II, como a MERS e a SARS (síndrome respiratória aguda grave).
Sob a lei, doenças infecciosas são dividas em cinco classes dependendo de sua gravidade.
O governo também está organizando voos fretados para cidadãos japoneses que desejam retornar de Wuhan, uma cidade de 11 milhões que foi praticamente colocada em isolamento desde a semana passada.
O Japão planeja enviar um voo fretado na noite desta terça-feira para esses cidadãos, disse um oficial do governo.
O número de mortos por causa do novo vírus causador do surto de pneumonia na China subiu para 106, divulgou a mídia chinesa nesta terça-feira, com mais de 4 mil infectados.
Fonte: Asia Nikkei