A fabricante de eletrônicos Sharp começará a produzir máscaras cirúrgicas em março, tornando-se a primeira empresa nacional fora da indústria da saúde a fazer isso em resposta a um pedido do governo para aumentar a produção.
A produção deve começar em meados de março, com uma capacidade diária de 150 mil máscaras, soube o jornal Nikkei na sexta-feira (28).
A Sharp espera que suas máscaras cheguem às prateleiras até o fim do mês, visto que o país enfrenta um amplo surto de coronavírus que levou o governo a criar uma reserva nacional do produto.
A Foxconn Technology Group, parente taiwanesa da Sharp, criou sua própria linha de produção de máscaras em um campus de fabricação em Shenzhen que abastecerá sua armada de trabalhadores. A maior montadora de iPhones do mundo, que comercializa como Hon Hai Precision Industry, planejava produzir 2 milhões de máscaras por dia até o fim de fevereiro.
Máscaras estão em falta enquanto as infecções pelo novo coronavírus se propagam e consumidores fazem de tudo para se proteger. A China fornecia 70% das máscaras vendidas no Japão, mas esses envios em sua maioria foram interrompidos devido ao surto severo dentro do país.
A Sharp planeja usar espaços limpos (clean rooms) em uma fábrica na província de Mie, originalmente projetados para produzir telas de cristal líquido. A empresa começará com três linhas de produção, mas planeja expandir para 10 a fim de produzir 500 mil máscaras por dia.
O primeiro-ministro Shinzo Abe pediu a empresas que aumentassem a produção de máscaras, enquanto seu governo separou 10.3 bilhões de ienes (US$94 milhões) para combater o vírus.
O secretário-chefe do Gabinete Yoshihide Suga, porta-voz do governo, se comprometeu a aumentar a capacidade de produção doméstica para 600 milhões de máscaras por mês até março.
A Sharp deve receber um subsídio de 30 milhões de ienes para seus esforços.
Consagradas fabricantes japonesas de máscaras, lideradas pela Unicharm, produziram 20 milhões de unidades por semana antes do surto de coronavírus. A produção parece ter saltado para cerca de 100 milhões de unidades por semana combinada sob esforços de emergência.
Fonte: Asia Nikkei