Pediatra japonês que descobriu a doença de Kawasaki morre aos 95 anos

A doença atraiu atenção renovada com muitas crianças desenvolvendo sintomas similares na Europa e EUA, levantando preocupações sobre uma possível ligação com o novo coronavírus.

Tomisaku Kawasaki morreu aos 95 anos em 5 de junho (NHK)

Tomisaku Kawasaki, pediatra que descobriu a rara síndrome inflamatória que afeta crianças pequenas e que posteriormente recebeu seu nome, morreu em um hospital de Tóquio aos 95 anos, anunciou um instituto médico de pesquisa nesta quarta-feira (10).

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O nativo de Tóquio morreu de velhice na tarde de sexta-feira (5), disse o Centro de Pesquisa de Doenças Kawasaki. A síndrome recentemente atraiu atenção renovada com um aumento no número de crianças desenvolvendo sintomas similares na Europa e Estados Unidos, levantando preocupações sobre uma possível ligação com o novo coronavírus.

Enquanto tratamentos para a doença de Kawasaki foram em sua maioria estabelecidos, sua causa ainda precisa ser determinada, sem evidência decisiva que suporte teorias culpando um vírus ou bactéria.

Kawasaki começou a trabalhar como pediatra no antigo Centro Médico da Cruz Vermelha Japonesa em 1950 após se formar na instituição que posteriormente se tornou a Universidade de Chiba.

Em 1961, ele entrou em contato pela primeira vez com uma doença desconhecida em crianças caracterizada por sintomas incluindo febre alta, erupções cutâneas, irritação e vermelhidão da esclera e língua inchada. Ele então presenciou dezenas de casos nos anos seguintes.

Em 1967, Kawasaki escreveu um artigo no “Arerugi”, um jornal de observações clínicas sobre alergias de 50 casos de doentes sob o título “Síndrome dos gânglios linfáticos mucocutâneos febril agudo em crianças pequenas com descamação digital única”, e a doença recebeu o nome em homenagem a ele.

Normalmente a doença afeta criança com idade igual ou inferior a 5 anos e pode limitar o fluxo sanguíneo para o coração e causar inflamação vascular assim como infarto do miocárdio.

Após se aposentar do Centro Médico da Cruz Vermelha Japonesa em 1990, Kawasaki se tornou o chefe de uma organização que depois recebeu o nome de Centro de Pesquisa da Doença de Kawasaki do Japão, atuando como seu presidente posteriormente.

Ele recebeu o prêmio da Japan Academy Prize por sua pesquisa sobre a doença de Kawasaki em 1991 e também o primeiro Japan Pediatric Society Prize em 2006. Ele também foi homenageado pelo governo metropolitano por suas contribuições em seu campo.

Fonte: Mainichi

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Uso generalizado de máscaras poderia prevenir segundas ondas de Covid-19

Publicado em 10 de junho de 2020, em Notícias do Mundo

Quando combinado com lockdowns, o uso de máscaras poderia prevenir ondas adicionais da doença, de acordo com um estudo britânico.

Pessoas de máscara em plataforma de trem (ilustrativa/PM)

O uso amplo de máscaras pela população poderia reduzir as transmissões de Covid-19 a níveis controláveis para epidemia nacional e poderia prevenir ondas adicionais da doença quando combinado com lockdowns, de acordo com um estudo britânico publicado na quarta-feira (10).

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A pesquisa, liderada por cientistas das Universidades de Cambridge e de Greenwich do Reino Unido, sugere que só os lockdowns não deterão o ressurgimento do coronavírus SARs-CoV-2, mas que mesmo as máscaras caseiras podem reduzir dramaticamente as taxas de transmissão se um número suficiente de pessoas usá-las em público.

“Nossa análise apoia a adoção imediata e universal de máscaras pelo público”, disse Richard Stutt, que coliderou o estudo em Cambridge.

Ele disse que as descobertas mostraram que se o uso disseminado fosse combinado com distanciamento social e certas medidas de lockdown, isso poderia ser “uma maneira aceitável de gerenciar a pandemia e reabrir a atividade econômica” pouco antes do desenvolvimento e disponibilidade pública de uma vacina eficaz contra a Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

As descobertas do estudo foram publicadas no jornal científico Proceedings of The Royal Society A.

A Organização Mundial da Saúde – OMS atualizou suas diretrizes na sexta-feira (5) para recomendar que governos peçam a todos que usem máscaras em áreas públicas onde há risco a fim de reduzir a propagação da doença.

Nesse estudo, pesquisadores ligaram a dinâmica da propagação entre pessoas com modelos de nível populacional para avaliar o efeito da taxa de reprodução da doença, ou valor R, de diferentes cenários de adoção de máscaras combinados com períodos de lockdown.

O valor R mede o número médio de pessoas que um infectado pode passar a doença. Um valor R acima de 1 pode levar a um crescimento exponencial.

O estudo descobriu que se pessoas usarem máscaras sempre que estiverem em público é duas vezes mais eficaz em reduzir o valor R do que se forem usadas somente após os sintomas aparecerem.

Em todos os cenários observados pelo estudo, o uso rotineiro de máscaras por 50% ou mais da população reduziu a propagação da Covid-19 para um R de menos de 1.0, nivelando futuras ondas da doença e permitindo menos lockdowns rigorosos.

“Temos pouco a perder da adoção generalizada de máscaras, mas os ganhos poderiam ser significantes”, disse Renata Retkute, que coliderou o estudo.

Fonte: Channel News Asia

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