Na segunda-feira (5), o líder norte-coreano Kim Jong-un prometeu se preparar para uma reunião de cúpula com a Coreia do Sul, demonstrando vontade em amenizar as tensões militares durante discussões com representantes especiais de Seul, divulgou a mídia oficial da Coreia do Norte nesta terça-feira (6).
Contudo é incerto se as preocupações com a segurança vão diminuir na região Ásia-Pacífico, visto que Pyongyang ainda está disposta a prosseguir com o desenvolvimento de mísseis balísticos que podem atingir os EUA.
Kim “fez uma troca de opiniões profundas sobre as questões para amenizar as intensas tensões militares na península coreana e ativar o diálogo versátil, contato, cooperação e troca”, disse a KCNA- Agência Central de Notícias da Coreia.
A reunião entre Kim e a delegação de representantes do presidente sul-coreano Moon Jae-in ocorreu “em uma atmosfera amigável e sincera”, disse a KCNA.
Primeira conversa direta desde 2011
Essa foi a primeira vez que Kim realizou conversas diretas com oficiais da Coreia do Sul desde o dia em que se tornou o líder supremo da Coreia do Norte, após a morte de seu pai Kim Jong- il em 2011.
Kim “deu instruções importantes a campos relevantes para tomar medidas práticas rapidamente para isso”, frisou a KCNA, enquanto Moon pediu à Coreia do Norte que retomasse o diálogo com os Estados Unidos como condição para uma cúpula intercoreana.
Enquanto as duas Coreias tecnicamente continuam em guerra após o término da Guerra Corana em 1950-1953 em um cessar-fogo, seus líderes realizaram discussões formais apenas duas vezes, em 2000 e 2007.
“Diplomacia do sorriso”
Alertando contra a “diplomacia do sorriso”, oficiais do governo japonês disseram que o país continuará colocando pressão máxima sobre Pyongyang.
Tóquio demonstrou preocupação de que Pyongyang está tentando enfraquecer as sanções internacionais contra ela ao acolher a Coreia do Sul, conseguindo mais tempo para avançar com suas tecnologias nucleares e de mísseis.
Fonte: Kyodo Imagem: ANN