O Brasil fechou o ano de 2016 com população de 207,7 milhões de pessoas. Pouco mais da metade (59%) dela tem acesso à internet, colocando o país em quarto lugar no ranking dos países de usuários dessa grande rede.
O relatório foi divulgado na terça-feira (3) pelo relatório do UNCTAD, das Nações Unidas. Esse relatório é o resultado de uma pesquisa realizada entre 2012 a 2015, embasada nos dados dos Indicadores das Telecomunicações.
O país top no ranking é a China, com 705 milhões de usuários, seguido pela Índia, em segundo lugar, com 333 milhões. A terceira posição é dos Estados Unidos com 242 milhões de usuários de internet. De sexto ao décimo, vem a Rússia, Nigéria, Alemanha, México e Reino Unido.
O Japão, com população de 126,67 milhões de pessoas, segundo dados do governo, em setembro deste ano, é um mercado já quase saturado, apontou o relatório. Afinal, são 118 milhões de usuários, os quais comparados à população, presume-se que uma pequena parte dela não seja usuária.
Índices de pessoas usuárias da internet
No Japão, 92% das pessoas estão conectadas à grande rede, enquanto no Brasil pouco mais da metade. Nos demais países, o desempenho é alto, como 94% no Reino Unido, 90% na Alemanha, 76% nos Estados Unidos e 76% na Rússia.
O alto índice de usuários nesses países mostra que a eficiência da rede combinada com o poder aquisitivo da população facilita o acesso.
Internet e a desigualdade no Brasil
Nos centros urbanos 59% dos lares estão conectados, enquanto nas áreas rurais esse índice cai para 26%. O mesmo retrato aparece nas regiões, pois no sudeste 64% têm acesso, enquanto no nordeste o índice é de menos da metade, com 40%.
A desigualdade é visível quando se trata de situação econômica.
Segundo pesquisa do CGI-Br somente 29% das casas com renda de até um salário mínimo têm acesso. Enquanto nos lares com até 10 salários mínimos o índice sobe para 97%. Na classe A chega a 98% enquanto nas classes D e E esse índice cai para 23%.
Fontes e imagens: UNCTASD