Os principais supermercados no Japão estão abrindo menos lojas neste ano fiscal em comparação ao ano anterior, 10% a menos e, ao invés disso, estão remodelando mais locais existentes para expandir as ofertas de comida pré-preparada para competir com lojas de conveniência e satisfazer idosos e clientes solteiros.
A Nikkei perguntou a 27 cadeias de supermercados sobre quantas lojas elas abriram e fecharam entre os anos fiscais de 2012 a 2017, e 15 delas responderam. Tais empresas inauguraram menos lojas por 4 anos consecutivos e tem abertura prevista de somente 62 no corrente ano fiscal.
As empresas também planejam fechar 36 lojas no ano fiscal de 2017, 30% menos em comparação ao ano anterior. A maioria delas fechou mais lojas nos anos de 2015 e 2016 e, aparentemente, cumpriram suas metas de encerrar as operações daquelas que não estavam dando lucro.
Poucas aberturas e mais reformas em lojas
A Seven & Holdings está remodelando mais supermercados em seu grupo. Sua rede Ito-Yokado abrirá apenas 1 loja no ano fiscal de 2017, mas está renovando outras 19, quase o triplo em comparação ao ano fiscal de 2016.
A OK Corp., com sede em Yokohama, que opera vários locais na região de Tóquio, vai remodelar 17 lojas no ano fiscal de 2017 após reformar apenas 1 localização no ano anterior, e vai inaugurar 10 lojas – o mesmo número do ano de 2016.
A Heiwado, que opera na região que abrange cidades incluindo Quioto, Osaka e Nara, vai inaugurar apenas uma loja neste ano fiscal, dando como motivo dificuldades incluindo altos custos de construção. A rede vai remodelar 20 lojas, um aumento anual de 70%.
A escala de mercado para supermercados foi de ¥10.24 trilhões em uma base de lojas já existentes no ano fiscal de 2016, um crescimento de apenas 0.1% em comparação ao ano anterior, de acordo com um grupo da indústria.
Com a população do Japão diminuindo e envelhecendo, além de um declínio na taxa de natalidade, é provável que fique ainda mais difícil abrir supermercados. A viabilidade de lojas existentes continuará a ganhar em importância.
Fonte: Nikkei Imagem: Bank Image