Em junho deste ano, a Toshiba estava negociando a venda da área de semicondutores (chips) prioritariamente com a “União Japão-EUA-Coreia do Sul”, uma aliança entre os três países formada por fabricantes de semicondutores como a coreana Hynix, empresas de investimento como a americana Bain Capital e de fundos de governo como as japonesas Organização de Revolução Industrial (INCJ) e o Banco de Desenvolvimento do Japão (DBJ).
Contudo, disparidades entre a Western Digital (WD) e a Toshiba estavam complicando as negociações e o caso evoluiu para uma luta judicial. A INCJ e o DBJ pediram para a Toshiba resolver a disputa com a WD para assegurar o acordo final da venda. Por causa desse problema, as negociações entre a Toshiba e a “União Japão-EUA-Coreia do Sul” ficou estagnada.
A WD havia formado uma nova “União EUA-Japão” com as empresas citadas acima – excluindo a Hynix e a Bain Capital- e a Kohlberg Kravis Roberts (KKR) e o próprio CEO Steve Milligan havia visitado o Japão para continuar o acordo de venda da Toshiba e da TMC (Toshiba Memory Corporation), mas diferenças entre as visões do sistema colaborativo de memórias da próxima geração e das taxas de investimento futuro por parte da WD deixaram a negociação ainda mais complicada.
No meio desta confusão, a Bain Capital e a Hynix propuseram um novo plano de aquisição. Segundo os responsáveis, a Bain juntamente com a Hynix ofereceriam ¥1.1 trilhão para a Toshiba assim, cada parte ficaria com 46% das ações da TMC, e o restante seria oferecido para Apple, que poderia investir até ¥400 bilhões. Com o empréstimo bancário solicitado pela Toshiba, a quantia total ultrapassaria os ¥2 trilhões pedidos pela empresa japonesa.
Caso o problema judicial entre a Toshiba e o WD seja resolvido, a INCJ e o DBJ declararam que iriam se juntar ao esquema proposto para Bain Capital.
Nesta quinta-feira (31), a Toshiba realizará um conselho administrativo para discutir essa nova proposta e desistirá do acordo conturbado com a WD. Incluindo o período da investigação antitruste de cada país até a finalização da venda, não resta muito tempo para a Toshiba.
Fonte: Reuters e NHK News