Japão explora opções para conter um ataque de pulso eletromagnético

Japão considera como conter um pulso eletromagnético, que poderia desativar eletrônicos e afetar a infraestrutura do país, após o Norte ostentar que tem meios para preparar um ataque do tipo.

O Japão começou a considerar seriamente como conter um pulso eletromagnético que poderia desativar eletrônicos e afetar a infraestrutura do país (NHK)

O Japão começou a considerar seriamente como resistir e conter um pulso eletromagnético (PEM) que poderia desativar eletrônicos e infraestrutura, após a Coreia do Norte ostentar que tem meios para preparar tal ataque.

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No dia 3 de setembro, quando Pyongyang conduziu seu 6º teste nuclear, a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) disse que o país tinha desenvolvido uma ogiva nuclear que também poderia gerar um ataque PEM. As ondas poderosas de tal explosão sobrecarregariam instantaneamente circuitos eletrônicos dentro de um determinado alcance. O pulso não causaria danos diretos no corpo humano, mas poderia provocar o caos em áreas como fornecimento de energia e redes de transporte público.

Um ataque PEM poderia vir de duas formas, de modo geral

Uma explosão nuclear em alta altitude, como mencionada por Pyongyang, a 30km ou acima, espalharia ondas eletromagnéticas por uma área extremamente ampla. Um teste nuclear realizado em 1962 pelas forças armadas dos EUA, a cerca de 400km acima do Oceano Pacífico norte, causou apagões a 1.400km de distância no Havaí.

O segundo método seria jogar uma bomba designada a desencadear uma explosão PEM de uma aeronave, por exemplo, a baixa altitude. Tal explosão cobriria uma área menor, além de ser fácil para treinar sobre um alvo específico, de acordo com o Ministério da Defesa. Dizem que as forças armadas dos EUA e outros têm tal tecnologia, que pode ter sido usada na Guerra do Iraque em 2003.

Se a Coreia do Norte realmente tornou armas PEM uma realidade prática ainda não está claro. Tóquio parece estar cética, com o ministro da defesa, Itsunori Onodera, descrevendo um “senso de subitaneidade” sobre o relato da KCNA. Contudo, alguns países, certamente, poderiam possuir tais armas, como a Rússia, que acredita-se ter desenvolvido a tecnologia durante a era Soviética, e a China, se apressando para adicioná-la ao seu arsenal. Tóquio “gostaria de considerar” contramedidas PEM, disse o secretário chefe de gabinete Yoshihide Suga.

Equipamentos de defesa e sistema de comunicação do Japão estão preparados para um ataque PEM

Equipamentos de defesa e sistema de comunicação das Forças de Autodefesa estão preparados para um ataque PEM, de acordo com uma fonte do governo japonês. Certos equipamentos e circuitos, aparentemente, foram blindados ou protegidos de outras formas para que possam funcionar mesmo em emergências. O ministério da defesa solicitou 1.4 bilhão de ienes ($12.8 milhões) no orçamento do governo do ano fiscal de 2018 para tais medidas, assim como a produção de um protótipo de arma PEM para preparação de defesas.

Contudo, preparações para infraestrutura civil são escassas. Um ataque visando uma insfraestrutura de energia nuclear, por exemplo, ou transporte público, como aeronaves, poderia causar danos imensos. O governo convocou membros da secretaria do gabinete na semana passada, assim como representantes de ministério relevantes, como da defesa, economia e transporte, para começar a planejar contramedidas.

Ao contrário de um ciberataque, um ataque PEM poderia deixar infraestrutura e sistemas fundamentais permanentemente inutilizáveis. No caso de uma situação ascendendo efetivamente a um ataque armado, “dependendo da escala dos danos, um contra-ataque armado pelas Forças de Autodefesa” não seria descartado, disse um representante do gabinete.

Fonte: Nikkei
Imagem: NHK

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Japão atinge recorde com mais de 67 mil pessoas acima dos 100 anos

Publicado em 16 de setembro de 2017, em Sociedade

O maior número de centenários está concentrado nas províncias de Tóquio, Kanagawa e Osaka.

O número aumentou pelo 47º ano consecutivo, com as mulheres contando por 87.9% do total (imagem ilustrativa)

A população centenária do Japão teve um aumento de 2.132 em comparação ao ano anterior para um recorde de 67.824 em setembro, estimulada por avanços na medicina e maior conscientização sobre a saúde, disse o ministério do bem-estar na sexta-feira (15).

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O número aumentou pelo 47º ano consecutivo, com as mulheres contando por 87.9% do total, de acordo com a estimativa populacional para 15 de setembro, com base em dados de residentes registrados desde 1 de setembro, informou o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.

O número de homens centenários foi de 8.197, alta de 30 em comparação ao ano anterior, enquanto o de mulheres foi de 59.627, alta de 2.102. Até o final do corrente ano fiscal, que termina em março de 2018, até 32.097 mais pessoas poderão completar 100 anos, alta de 350 ante o ano anterior.

Nabi Tajima, de 117 anos, nasceu em agosto de 1900 na pequena cidade de Kikai (Kagoshima), é a mulher mais velha do Japão. Já o homem mais velho é Masazo Nonaka, de 112, nascido em julho de 1905, residente de Ashoro (Hokkaido).

Após a morte do homem de 113 anos de Israel, que foi reconhecido pelo Guinness como o mais velho do mundo, Nonaka poderá se tornar o próximo titular do recorde.

O maior número de centenários está concentrado na província de Tóquio (5.835), seguida por Kanagawa (3.737) e Osaka (3.559), segundo o ministério.

Antes, os centenários eram presenteados com canecas de prata pura pelo primeiro-ministro do país, contudo, desde 2016, o governo decidiu trocá-las por folheadas a prata para reduzir custos.

Fonte: Mainichi
Imagem: Bank Image

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