![](https://i0.wp.com/www.portalmie.com/wp-content/uploads/2017/09/cinzas-700x380.jpg?resize=700%2C380)
Uma área do Mausoléu Otani onde uma urna contendo as cinzas de uma pessoa foi deixada, no Templo Hongan, no distrito de Higashiyama, Quioto (Mainichi)
A polícia de todo o país teve que lidar com 203 casos em que urnas com cinzas de mortos foram reportadas como itens “achados e perdidos” entre os anos de 2014 e 2016, soube o jornal Mainichi.
Em mais de 80% dos casos, aqueles que deixaram para trás urnas com cinzas não foram identificados. Templos e outras instalações religiosas deram um local digno aos restos mortais a pedido da polícia.
Autoridades policiais suspeitam que famílias ou outros deixaram propositalmente as cinzas em instalações religiosas ou diferentes locais porque não tinham maneiras de dispor adequadamente os restos mortais.
O jornal Mainichi entrevistou todos os 47 departamentos de polícia provinciais no país sobre o número de casos em que cinzas de mortos foram reportadas como itens achados e perdidos entre 2014 e 2016.
De todos os departamentos da polícia, o da província de Osaka teve que lidar com o maior número (36 casos), ao longo do período, seguido por Aichi (29), Hokkaido (15), Fukuoka (14) e Tóquio (13).
Na maioria das ocasiões, os restos mortais foram encontrados em templos e outras instalações religiosas. Em alguns casos, no entanto, as urnas com cinzas foram abandonadas em armários com chave (coin lockers) em estações de trem ou em bibliotecas.
Em 166 casos, ou 82% do total, os responsáveis pelas cinzas não foram identificados. Em somente 37 dos 203 casos, as cinzas foram devolvidas após terem sido identificadas.
Aqueles que abandonam cinzas de mortos podem ser incriminados por abandono de corpo. Pelo menos 3 pessoas foram presas ou enviadas à promotoria pela suspeita de descartar cinzas nos últimos 3 anos.
Fonte e imagem: Mainichi