Pesquisadores da Universidade George Mason, da Virgínia, Estados Unidos, publicaram um artigo científico nesta quinta-feira (19). Eles descobriram que o Komodo Dragon não se infecta com as bactérias contidas em sua própria saliva.
Assim, ao estudarem o sangue do dragão-de-comodo, a maior espécie de lagarto do mundo, o qual vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia, descobriram algo inédito, em abril deste ano.
No seu sangue, encontraram princípios ativos com forte efeito antimicrobiano, além do efeito para acelerar a cicatrização de feridas.
Nos últimos anos, as bactérias se tornam cada vez mais resistentes aos antibióticos. Com essa descoberta, é esperado o desenvolvimento de novos medicamentos.
‘Sangue do dragão’, esperança para a medicina
Eles desenvolveram um peptídeo, batizado de “DRGN-1”, o qual foi preparado artificialmente com referência ao natural antimicrobiano, composto de aminoácidos, encontrado no ‘sangue do dragão’.
Usaram para Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, conhecidas como bactérias resistentes a múltiplos fármacos e a muitos antibióticos. Encontraram manifestação da atividade antibacteriana para suprimir a atividade das bactérias e fungos. O que mais surpreendeu a equipe foi uma espécie de “biofilme” que se formou para inibir o crescimento das bactérias.
Os pesquisadores já realizaram testes com ratos. Quando aplicaram à ferida de um rato infectado com as bactérias, observaram o efeito acelerado na cicatrização do ferimento.
Assim, o ‘sangue do dragão’ tornou-se uma esperança para a área médica.
Fonte: Sankei News Foto: Pixabay