Coreia do Norte diz que ameaça de teste nuclear atmosférico dever ser entendida literalmente

No mês passado, o ministro norte-coreano de Relações Exteriores disse que Pyongyang poderia considerar a ‘mais poderosa detonação’ de uma bomba de hidrogênio sobre o Oceano Pacífico.

“O ministro de relações exteriores está bem ciente das intenções de nosso líder supremo, então eu acho que vocês deveriam entender as palavras dele à letra,” disse Ri Yong Pil, um alto diplomata do Ministério de Relações Exteriores (acima, imagem do líder Kim Jong-un – NHK/reprodução)

O recente alerta do ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte sobre um possível teste nuclear atmosférico no Oceano Pacífico deve ser entendido literalmente, disse um alto funcionário norte-coreano à CNN em uma entrevista exibida na quarta-feira (25).

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“O ministro de Relações Exteriores está bem ciente das intenções de nosso líder supremo, então eu acho que vocês deveriam entender as palavras dele à letra,” disse Ri Yong Pil, um alto diplomata do Ministério de Relações Exteriores norte-coreano à CNN.

Ri Yong Ho, ministro norte-coreano de Relações Exteriores, disse no mês passado que Pyongyang poderia considerar conduzir a “ mais poderosa detonação” de uma bomba de hidrogênio sobre o Oceano Pacífico em meio às elevadas tensões com os Estados Unidos.

O ministro fez o comentário após o presidente Donald Trump ter alertado que a Coreia do Norte- que vem trabalhando para desenvolver mísseis nucleares capazes de atingir os Estados Unidos– seria destruída totalmente se ameaçasse a América.

O chefe da CIA Mike Pompeo disse na semana passada que a Coreia do Norte poderia estar a poucos meses de ganhar habilidade para atingir os Estados Unidos com armas nucleares.

Especialistas dizem que um teste atmosférico seria uma maneira de demonstrar tal capacidade. Todos os testes anteriores realizados pela Coreia do Norte foram subterrâneos.

Na próxima semana Trump fará uma visita à Ásia onde ele vai enfatizar sua campanha para pressionar a Coreia do Norte e fazer com que ela abandone seus programas nuclear e de míssil.

Apesar da retórica agressiva, oficiais da Casa Branca dizem que Trump está buscando uma resolução pacífica do impasse. Contudo, todas as opções, incluindo militares, estão na mesa.

Fonte: Agência Reuters
Imagem: NHK

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Coreia do Norte está cultivando algas para contornar as sanções internacionais

Publicado em 26 de outubro de 2017, em Ásia

As algas são um recurso multiuso que podem produzir alimento, fertilizante e combustível a partir da mesma biomassa, por isso Pyongyang está interessada nelas. 

(da esq. p; dir.) Tanques abertos originais em 2010; construção e crescimento de algas desde 2014; tanques sob estufas em 2016 (Google Earth/38 North)

A Coreia do Norte pode não ser uma nação famosa por suas credenciais ecológicas, mas pode estar desenvolvendo grandes quantidades de algas em uma tentativa de conter o impacto das sanções.

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Atualmente, a indústria de algas de Pyongyang está sendo cultivada como um “recurso estratégico” que ajudará a mitigar o efeito negativo das sanções, de acordo com analistas do site 38 North.

A Coreia do Norte tem operado instalações de pesquisa, incluindo tanques abertos e sistemas de aquicultura, ao longo dos últimos nove anos, embora suas atividades tenham acelerado recentemente.

“Uma nova instalação de pesquisa de algas nos arredores de Wonsan sugere um crescente interesse em desenvolver algas como uma fonte estratégica para diversificar recursos de fornecimento de energia e melhorar a produção agrícola que pode, com o tempo, reduzir a vulnerabilidade do país às sanções,” informa o 38 North.

Há muito tempo, o Norte depende de importações de combustível e alimento

Cada vez mais a Coreia do Norte está sob pressão devido a uma crescente lista de sanções em resposta ao seu programa de desenvolvimento nuclear e de míssil.

Enquanto o conceito de auto-suficiência – conhecido como Juche – é integral à ideologia da Coreia do Norte, o país vem dependendo há muito tempo de importações de combustível e alimento do exterior para sobrevivência.

Seu parceiro de comércio de mais alto perfil, a China, de quem a Coreia do Norte depende para quase todo seu fornecimento de energia, anunciou no mês passado planos para limitar as exportações de petróleo refinado a dois milhões de barris por ano, a partir de janeiro.

Algas: mais valor estratégico do que o petróleo

O relatório do 38 North destacou como as algas têm “mais valor estratégico do que simplesmente o petróleo”, além de serem uma ferramenta útil no combate à fome em um país que sofre com a escassez de comida, em razão de suas proteínas e conteúdo de ácido gordo.

As algas são um recurso multiuso que podem produzir alimento, fertilizante, comida para animais e combustível a partir da mesma biomassa e faz sentido para Pyongyang estar interessada nelas.

Usando dados de nove instalações norte-coreanas, a nota estima que 2.851 toneladas de biomassa de alga poderiam ser produzidas a cada ano. Essa quantidade contém aproximadamente 1.425.5 toneladas de massa nutricional e pode ser convertida ao equivalente a 4.075.6 barris de petróleo.

“Dado o potencial para produção de petróleo com base em algas, uma investigação mais completa é necessária para confirmar se essas instalações poderiam, futuramente, satisfazer uma condição de segurança nacional.”

Fonte: CNBC, Telepgraph, 38 North
Imagem: Google Earth

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