Consumo de cerveja cai pelo décimo terceiro ano consecutivo

Por 13 anos seguidos, o número de caixas de cervejas vendidas cai e atualiza para o menor da história. Veja mais.

Segundo os relatórios das 5 maiores fabricantes de cervejas do Japão (Asahi, Kirin, Suntory, Sapporo e Orion), o volume bruto de exportação nacional de cervejas caiu para 440,7 milhões de caixas (uma caixa equivale a 20 unidades grandes), sendo o décimo terceiro ano consecutivo de queda desde 1992.

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De acordo com as análises das empresas, foram vendidas 245,9 milhões de caixas de cerveja (-2.9%), 54,99 milhões de happoshu (-4.0%) e 144,49 milhões da cerveja daisan (-1.5%). Todas ficaram abaixo do ano anterior pelo segundo ano seguido.

Contudo, a participação de mercado da Asahi subiu 0.1 pontos, atingindo 39.1% e ficando em primeiro lugar pelo oitavo ano. Entretanto, a principal bebida da marca, a “Super Dry”, vendeu apenas 97,94 milhões de unidades (-2.1%), a primeira vez que não atingiu os 100 milhões em 29 anos. Em seguida, o market share ficou na ordem: Kirin (31.8%), Suntory (16.0%), Sapporo (12.1%) e Orion (0.9%).

O principal motivo na queda das exportações de 2017 foi a reforma no imposto sobre bebidas alcoólicas, executada em junho do mesmo ano. A fiscalização sobre os descontos no varejo aumentou, e o preço das cervejas enlatadas subiu cerca de 10% em algumas lojas. O tempo no verão também não colaborou com as empresas.

Além disso, as bebidas “chuhai” (mistura de destilados com bebidas gaseificadas), feitas principalmente para que os jovens possam consumir álcool por um preço mais baixo, e outras, estão conquistando mais espaço no mercado. As vendas de chuhai aumentaram duas vezes em apenas 10 anos.

Próximos passos das empresas

Todas as empresas estão espremendo cada pedaço de malte para impedir o afastamento dos clientes. A Asahi voltará as vendas da “Shunrei Karakuchi”, cerveja vendida por tempo limitado em 2017 característica pelo sabor forte. A Suntory iniciará uma campanha de distribuição de sabores para saborear uma espuma semelhante às das cervejas de lojas.

A Kirin colocou suas forças na cerveja artesanal da marca. Com o intuito de aumentar em três vezes a escala de mercado em 2021, a empresa expandirá a área de fornecimento para todos os restaurantes do país com máquinas capazes de distribuir bebidas artesanais de quatro tipos diferentes. A Sapporo prevê a ampliação da fábrica de variedade multifuncional de baixas quantidades para produção de bebidas artesanais “Mini Brewery”, em Yaizu (Shizuoka), em junho.

Além disso, as empresas também anunciaram a venda de cervejas com maior teor alcoólico na tentativa de atrair mais o público, mas podem ter colaborado com a queda das vendas unitárias.

Entretanto, as empresas calculam o aumento do valor de exportação de cervejas comerciais entre março e abril. Caso os restaurantes passem isso para os clientes, o afastamento poderá se acelerar ainda mais.

Fonte: Mainichi Shimbun

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Kinkakuji ou Templo do Pavilhão Dourado: patrimônio mundial

Publicado em 20 de janeiro de 2018, em Turismo em Quioto

Turismo em Quioto: conheça o Kinkaku-ji ou Templo do Pavilhão Dourado, desde sua história até seu verdadeiro nome.

Construído em 1398, o Templo do Pavilhão Dourado (Kinkakuji – 金閣寺) é uma das construções que representam o período Muramachi. Segundo o Sankei West, o Kinkakuji e proximidades receberam cerca de 2,74 milhões de visitantes em 2016. Embora o número de turistas esteja diminuindo, o templo continua sendo um dos pontos turísticos mais visitados de Quioto.

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Turismo

Após deixar o carro no estacionamento do local ou descer no ponto de ônibus mais próximo (informações adicionais abaixo), entra-se no templo pelo Portal Geral (Soumon – 総門).

Após ter passado pela recepção, está Hojo (方丈), a construção do templo para culto, que foi demolido completamente em 2005 e restaurado em 2007. Logo à frente, está o Kinkakuji, a atração principal do estabelecimento.

O Templo do Pavilhão Dourado foi construído na beira do Kyoukochi (鏡湖池), lago que está situado no jardim principal do templo. No meio do lago está Ashiharajima (葦原島), uma pequena ilha, que aparece em muitas fotos dos visitantes.

Ashiharajima ao centro e Kinkaku-ji ao fundo

Antes de prosseguir ao Kinkakuji, é possível tirar fotos do local na beira do lago. Milhões de visitantes já pararam na frente para tirar uma selfie ou garantir uma foto da paisagem.

Afastando-se do pavilhão dourado, estão as fontes Gingasen (銀河泉) e Gankasui (厳下水), onde Ashikaga Yoshimitsu, shogun do Período Muramachi que construiu o templo, passava parte de seu tempo.

Anmitaku

Mais atrás está situado o Anmintaku (安民沢), pequeno lago que abriga o Hakuja no Tsuka (白蛇の塚 – túmulo da cobra branca, em tradução livre), considerado o deus protetor do clã Saionji, um dos que mais prosperarou na região, ao leste. Considera-se que é um local de poder do Kinkaku-ji para abertura da sorte.

Vista do Kinkaku-ji próximo ao Sekkatei

Mais acima está o Sekkatei (夕佳亭), local onde o sacerdote da época Hourin Joushou tomou chá com o imperador Go Mizunoo. Próximo ao Sekkatei está o Fudodo (不動堂), templo construído para a divindade Fudou Myou’ou.

Templo para cultuar a divindade Fudou Myouou

O Fudodo é a última construção do local. Descendo as escadas no fim do templo há algumas barracas de alimentos e bebidas e o caminho de volta para o estacionamento.

A área do templo não é muito grande e com menos de 15 minutos de caminhada é possível passar por todos os estabelecimentos. O trajeto é único e possui algumas subidas no caminho.

História

Ilustração de Ashikaga Yoshimitsu

O Kinkakuji é um templo Zen, tradição religiosa criada entre a fusão do taoismo e budismo, da escola Rinzai Shoukoku-ji. Seu nome oficial é Rokuonji (鹿苑寺).

Tudo começou quando Ashikaga Yoshimitsu, terceiro shogun do bakufu de Muromachi, recebeu a casa de campo do kuge, maior posição aristocrática na época, Saionji Kintsune e decidiu construir uma gigantesca mansão denominada Kitayamadono 北山殿. A mansão era tão grande que se equiparava ao Palácio Imperial na época. Em 1394, Yoshimitsu deu a mansão para seu filho Yoshimochi, shogun do exército de seu pai, mas continuava controlando o feudo no local.

Após a morte de Yoshimitsu, o Kitayamadono foi demolido, restando apenas o Shariden (Kinkaku), a pedido do próprio Yoshimitsu. Após se tornar um templo Zen, foi nomeado Rokuonji, homenageando Yoshimitsu, cujo verdadeiro nome era Rokuonindono.

Esse construção Shariden, para cultuar os ossos de Shaka, um dos criadores do budismo, deu origem ao nome Kinkaku e foi construído no centro do lago Kyouko.

O interior da construção é separado em três camadas e estilos. O primeiro foi construído no estilo Shinden, muito comum em palácios de aristocratas do período Heian. O segundo foi construído aos moldes do estilo Shoin, comum na era Kamakura. O terceiro lembra um templo budista Zenshuyou, um estilo tradicional de construção. Mesmo para a época, a construção era inovadora. As folhas de ouro foram coladas em camadas duplas e triplas.

Na época da construção inicial, foram também erguidos vários estabelecimentos ao redor do Shariden, sendo o principal o Tenkyokaku (天鏡閣), que era interligado com o Shariden através de uma ponte.

Hoje o Tenkyokaku já não existe mais. A única coisa que restou foi o Ryumon no Taki (龍門の滝), uma cachoeira. Contava-se na época que caso uma carpa conseguisse subir a cachoeira, ela se tornaria um dragão, por isso o nome (Ryumon significa portão do dragão, na tradução livre). O conto é baseado no provérbio chinês Touryumon (登龍門), uma metáfora com as barreiras da vida e o sucesso.

Após a construção do Kinkaku, o templo passou por várias reformas. Contudo, ele foi totalmente consumido pelo incêndio causado por um monge que sofria transtornos mentais. O incidente foi contado por Yukio Mishima, no romance O Templo do Pavilhão Dourado (金閣寺), considerado uma das obras-primas nacionais.

O Shariden atual foi reconstruído em 1955, 5 anos após o incêndio. Além do Shariden, o jardim principal construído no estilo Kaiyu, onde o jardim é feito em formato circular em relação a um lago para apreciação, também foi registrado como ponto panorâmico especial. A imagem do Kinkaku refletido na água do Kyouko-chi impressiona muitos fotógrafos e visitantes.

Kinkaku após o incêndio (Fonte: Wikipedia JP)

Em 1994, o templo foi tombado como patrimônio cultural mundial pela UNESCO.

A título de curiosidade, o Templo do Pavilhão de Prata (Ginkaku-ji – 銀閣寺) foi construído em 1473, quase 100 anos depois do Kinkaku-ji, por Ashikaga Yoshimasa, neto de Yoshimitsu. Após sua morte, foi transformado em um templo Shoukoku por testamento.

Kinkakuji

  • Endereço: Kyoto-shi Kita-ku Kinkakuji-cho 1
  • Horário de funcionamento: 9h às 17h, aberto todos os dias do ano
  • Ingresso: adultos (acima do ensino médio ou colegial): ¥400,  crianças (alunos do ensino fundamental) ¥300
  • Acesso: descer nas paradas de ônibus Kinkakuji Mae (linhas 12 e 59) ou Kinkakuji Michi (linhas Kyuko 101, Kyuko 102, 204, 205 e M1)
  • Estacionamento: ¥300/hora para veículos de passeio
  • Site oficial: http://www.shokoku-ji.jp/top.php

Dicas

  • O trajeto é curto, não será necessário calçar tênis para caminhada
  • O Kinkakuji é apenas uma das atrações do local. Dê uma chance para conhecer as outras construções
  • Infelizmente, há pouca sinalização e informações em inglês ou outros idiomas estrangeiros, mas não é difícil andar pelo local
  • Perto do Kinkakuji, há outros templos como o Ryoanji (龍安寺), Rengeji (蓮華寺) e Ninnaji (仁和寺).
  • Pagar um tour turístico pode ser uma boa opção. Há muitos ônibus turísticos que fazem viagens de 2 a 6 horas por vários locais  de Quioto
Fonte: Kinukake, Shoukoku-ji.jp, Livedoor e Wikipedia
Imagens: Banco de dados/Portal Mie

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