Novas oportunidades de negócios estão por trás dos produtos Made in Japan surpreendentes, os quais têm contribuído para elevação do volume de exportações. Pela primeira vez na história o Japão conseguiu obter mais de 800 bilhões de ienes, no fechamento de 2017, num único segmento.
Se pensa que saquê entra na lista, acertou. Mas não é só ele que atrai compradores no Planeta. O Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca há muitos outros além do saquê, pérolas e molusco bivalvia chamado de hotate. Eles continuam engrossando o volume de exportações mas mais nichos desse segmento chamam à atenção.
Um deles é das plantas em vasos. Especialmente nos países vizinhos como China e Vietnã, ter um jardim japonês parece ser símbolo de status. Por isso, famílias abastadas querem pinheiros japoneses e azaleias cultivados no Japão para plantar no jardim. Um dos exportados, inclusive os de 10 metros de altura, é o da espécie pinheiro de buda (Podocarpus macrophyllus), pela sua forma. Uma árvore com essa altura leva anos para ser cultivada e requer cuidados especiais, cheios de técnicas. Elas são altamente bem conceituadas pelos ricos que fazem questão de ter pelo menos um em seu jardim.
Made in Japan: alimentos e produtos alimentícios
Se no Japão o número de nascimentos está em queda, caem também as vendas de leite em pó. Mas esse produto tem elevada demanda nos países vizinhos. Vietnã e Camboja são os maiores importadores, pela segurança que oferecem aos bebês.
A exportação do pescado cavalinha (saba, em japonês) aumentou 22%. Os maiores compradores são os países do oeste da África, como a Nigéria, por exemplo, onde esse peixe é muito apreciado. Eles são enviados congelados.
Arroz e produtos feitos de arroz Made in Japan
Um outro alimento que teve 18% de aumento é o arroz japonês. Restaurantes finos do mundo inteiro apreciam o arroz cultivado no Japão. Nos Estados Unidos, esse alimento é importado para fornecimento, não só nos restaurantes, como também nos supermercados. A previsão é de aumento da exportação nos próximos anos, por ser de boa qualidade e de preço competitivo no exterior.
Dez anos atrás uma indústria da província de Akita começou a desenvolver produtos alimentícios à base de farinha de arroz, como pães, quando ainda quando não se falava tanto sobre o glúten. Amargou dias difíceis. No entanto, com essa onda de dieta, a indústria desenvolveu nova linha e acertou em cheio. Além de atender o mercado interno passou a exportar macarrões livres do glúten, feitos só com farinha de arroz. Desenvolveu os do tipo fusili, penne, entre outros, para atender à demanda dos países da Europa e também dos Estados Unidos.
Segundo informações do ministério, a próxima meta é atingir 1 trilhão de ienes em exportações nesse segmento. O Japão é um país que depende da importação de muitos alimentos. Por outro lado, os que produz internamente são de ótima qualidade. O que muitas pessoas podem pensar é que os produtos agrícolas produzidos no país deveriam ser fornecidos internamente, mais do que para as exportações. Para o ministério, atender a demanda doméstica é a principal prioridade. No entanto, há que se comemorar por haver demanda no exterior também.
Fonte: NHK Fotos: NHK e Wikimedia