Trump “conhece os riscos de encontro” com a Coreia do Norte

Nenhuma data ou local foram estabelecidos para a reunião, apesar de notícias iniciais de que ela seria realizada até maio.

Críticos alertaram que se as discussões não tiverem êxito, as duas nações ficarão em uma posição pior do que antes

O diretor da CIA – Agência Central de Inteligência – Mike Pompeo defendeu a decisão de Donald Trump em se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un, dizendo que o presidente americano compreende os riscos.

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Trump não está fazendo encenação, ele vai lá para resolver um problema”, disse Pompeo à Fox News no domingo (11).

O presidente disse que a reunião poderia produzir o “maior negócio para o mundo”.

Contudo, críticos alertaram que se as discussões não tiverem êxito, as duas nações ficarão em uma posição pior do que antes.

Nenhum presidente em exercício nos EUA se encontrou com um líder norte-coreano. Trump teria aceito a oferta quando ele foi comunicado pelos representantes sul-coreanos na quinta-feira (9), pegando sua administração de surpresa.

Temores de que Kim possa“ tirar vantagem”

No entanto, políticos de ambos os principais partidos nos EUA demonstraram preocupação em relação à planejada reunião.

O senador republicano Cory Gardner disse à CBS que ele queria “medidas concretas e verificáveis para desnuclearização” antes da realização de qualquer reunião.

Outro senador republicano, Jeff Flake, disse à NBC que estava cético sobre se a desnuclearização era definitivamente uma meta real.

Coreia do Norte “ quer paz”, disse Trump

Em um comício político realizado na Pensilvânia do sábado, Trump disse aos seus seguidores que acreditava que a Coreia do Norte queria “construir a paz”.

Contudo, frisou que poderia deixar a reunião rapidamente se ela não parecesse evoluir para que o desarmamento nuclear seja feito.

“Quem sabe o que pode acontecer?”, disse Trump. “Posso sair rápido ou ficar e fazer o maior negócio para o mundo”.

Data ou local não foram estabelecidos

Nenhuma data ou local foram estabelecidos para a reunião, apesar de notícias iniciais de que ela seria realizada até maio.

O escritório presidencial da Coreia do Sul disse que a vila de cessar-fogo de Panjmunjom, que fica na zona desmilitarizada entre o Norte e o Sul, era uma opção “significativa”, divulgou a agência de notícias Yonhap.

A Suíça, Suécia e China também foram nomeadas como possíveis locais.

Fonte: BBC
Imagem: Bank Image

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Funcionários dos Correios entram em greve nesta segunda-feira

Publicado em 12 de março de 2018, em Brasil

Trabalhadores são contra mudanças no plano de saúde da empresa, que preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes dos contratos.

Servidores dos Correios entrarão em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira, dia 12 (Wikimedia/Morio)

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os trabalhadores são contra mudanças no plano de saúde da empresa, que preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes dos contratos.

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“Além disso, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900″, informou a Fentect, em nota, ressaltando que o salário médio dos trabalhadores dos Correios é de R$ 1,6 mil, “o pior salário entre empresas públicas e estatais”.

O início da greve coincide com o julgamento sobre o plano de saúde dos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), também marcado para segunda-feira, referente à última negociação salarial.

Segundo a Fentect, a mobilização nacional da categoria foi aprovada em assembleias dos sindicatos. Entre outras reivindicações, os trabalhadores são contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; a suspensão das férias dos trabalhadores; a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa.

Além disso, entre as demandas da categoria estão a contratação de novos funcionários por meio de concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.

A federação também é contra a extinção e terceirização do cargo de operador de triagem e transbordo, “importante para o movimento do fluxo postal interno”. “Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias, por todo o Brasil”, diz a nota da Fentect.

Para a categoria, o “desmonte” promovido pela gestão dos Correios tende a prejudicar ainda mais os serviços à população. “A Fentect esclarece que alguns argumentos repassados transmitem uma visão enganosa da realidade na estatal. Por exemplo, quanto ao monopólio dos Correios, que, hoje, corresponde apenas a cartas, malote e telegrama. O segmento de encomendas, como o Sedex, entretanto, sempre foi concorrencial”, informou.

Quanto ao reajuste dos preços dos serviços da estatal, a federação discorda de aumentos abusivos nos valores. “Já em relação ao argumento da ECT para esse reajuste, a respeito da segurança dos trabalhadores, a Fentect esclarece que não há nenhum benefício pago ao trabalhador por esse motivo, bem como nenhum adicional”.

No dia 6 deste mês, os Correios começaram a cobrar uma taxa extra de R$ 3 para encomendas com destino ao Rio de Janeiro. O motivo seria a elevação dos custos da entrega por causa da violência no município. No dia 9, entretanto, após decisão da Justiça Federal, a estatal suspendeu a cobrança.

Para a Fentect, a empresa não onera o governo federal ou o bolso do cidadão com arrecadação de impostos. “Ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões”, informou. “Com todos os erros e ingerências políticas na administração dos Correios, a direção da estatal promove essas e outras retiradas de direitos dos próprios trabalhadores, responsabilizando-os pelos danos da ECT.”

Oficialmente, a greve da categoria começou no domingo (11) a partir das 22h, para que os funcionários que trabalham no turno da noite já pudessem aderir ao movimento.

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com a assessoria dos Correios.

Via Agência Brasil
Imagem: Wikimedia

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