Os EUA disseram na segunda-feira (26) que expulsariam 60 diplomatas russos, juntando governos por toda a Europa para punir o Kremlin por um ataque com agente nervoso a um ex-espião russo no Reino Unido, o qual eles culpam Moscou.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, recebendo bem a demonstração de solidariedade, disse que 18 países haviam anunciado planos para expulsar oficiais russos. Esses incluíram 14 países da UE- União Europeia. No total, 100 diplomatas russos foram removidos, a maior expulsão ocidental do tipo desde o auge da Guerra Fria.
Posteriormente, a Austrália confirmou que estava expulsando dois diplomatas russos identificados como oficiais da inteligência não declarados, citando a “conduta irresponsável e deliberada” da Rússia.
May disse que as medidas coordenadas enviaram o “sinal mais forte à Rússia de que ela não pode continuar a ignorar a lei internacional”.
O Reino Unido tinha evidências de que a Rússia investigou maneiras de distribuir agentes nervosos para assassinatos, disse May ao parlamento.
Gesto provocativo
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia chamou as expulsões de “gesto provocativo”. Um porta-voz do Kremlin disse que o ocidente estava cometendo um “erro” e que o presidente Vladmir Putin tomaria uma decisão final sobre a resposta da Rússia.
Moscou negou que esteja por trás do ataque a Sergei Skirpal e sua filha na cidade inglesa de Salisbury. Skirpal, de 66 anos, e sua filha Yulia, de 33, foram encontrados inconscientes em um banco público de um shopping em 4 de março e continuam no hospital em estado grave.
“Avaliamos que mais de 130 pessoas em Salisbury poderiam ter sido potencialmente expostas a esse agente nervoso”, disse May.
A onda de expulsões de segunda-feira ocorreu após líderes da UE terem dito na semana passada que evidências apresentadas por May sobre o envolvimento da Rússia no ataque era uma base sólida para futura ação.
Fonte: Agência Reuters Imagem: ANN