Um crânio de um homem reconstruído digitalmente e que viveu no Japão há 27 mil anos mostra uma semelhança inconfundível com as raças no sul da Ásia, oferecendo uma pista crucial para a origens do povo japonês, dizem pesquisadores.
O crânio, que remonta ao período Paleolítico, estava entre os restos de ossos de quatro indivíduos descobertos em uma caverna, a Shirahosa Onetabaru, na ilha de Ishigaki (Okinawa).
A descoberta foi anunciada pelo Centro Arqueológico da Província de Okinawa em 20 de abril.
O rosto é a reconstrução do que acredita-se ser o indivíduo mais velho a ter habitado o Japão, de acordo com arqueólogos do centro.
Especialistas do centro, assim como o Museu Nacional de Natureza e Ciência (Tóquio) e um grupo de pesquisa, recriaram a cabeça com base em dados digitais obtidos através de uma análise dos restos mortais dos quatro indivíduos.
Os pesquisadores deram o ponta pé inicial ao recriar a estrutura dos ossos da cabeça de um indivíduo identificado como Nº4 através de uma impressora 3D.
Foi determinado que o indivíduo era do sexo masculino e provavelmente tinha entre 30 a 40 anos quando morreu.
A imagem reflete características de pessoas da China e do Sudeste Asiático, assim como os ancestrais da cultura de cerâmica Jomon que surgiu no Japão entre 8.000 a.C e 300 a.C.
Uma réplica da cabeça ficará em exibição no Museu de Tóquio até 17 de junho.
Fonte e imagem: Asahi