A Coreia do Norte ameaçou cancelar a planejada reunião entre o presidente Donald Trump e o líder Kim Jong-un agendada para 12 de junho em Singapura, dizendo que os EUA deveriam considerar cuidadosamente o destino do iminente encontro, em vista do que ela chama de “perturbações militares provocativas com a Coreia do Sul”, divulgou a agência estatal do país, a KCNA, na manhã desta quarta-feira (16), horário local.
O alerta ocorre após a KCNA comunicar que a Coreia do Norte suspendeu as conversas com a Coreia do Sul por causa de um exercício militar conjunto conduzido pelo vizinho e os EUA.
“Estamos cientes do relato da mídia sul-coreana. Os EUA vão olhar de forma independente ao que a Coreia do Norte disse e continuar a coordenar de perto com nossos aliados”, disse a assessora de imprensa Sarah Sanders em uma declaração.
Contudo, a Casa Branca foi pega de surpresa pelas reportagens, de acordo com assessores. Um oficial afirmou uma declaração do Departamento de Estado que ele não recebeu informação alguma de Pyongyang sobre o status das conversas.
A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, defendeu os treinamentos militares entre americanos e sul-coreanos na terça-feira e disse que os EUA não ouviram falar sobre quaisquer interrupções dos planejados exercícios e da iminente reunião.
Um oficial sênior da administração disse à CNN que o presidente Donald Trump foi informado sobre o alerta da Coreia do Norte em relação ao destino da reunião de 12 de junho em Singapura e que a Casa Branca está preparando uma resposta.
Reuniões estão em curso entre oficiais da Casa Branca, do Conselho de Segurança Nacional e do Departamento de Defesa.
“As ações de hoje da Coreia do Norte não são inesperadas. Elas vêm direto da cartilha sobre negociações de Kim Jong-il: aumente as expectativas de avanços diplomáticos, sugira que Pyongyang pode cancelar a reunião e então pressione para mais concessões para realizar a reunião”, de acordo com Anthony Ruggiero, membro sênior da Fundação para Defesa de Democracias.
“A administração de Trump deve ver através dessa tentativa notória de obrigar mais concessões. Os EUA devem continuar os exercícios militares defensivos e lembrar Kim que a campanha de pressão máxima será aumentada se a Coreia do Norte se retirar da reunião”, frisou.
Fonte: CNN Imagem: Banco de imagens