Em 18 de junho de 1908 o navio Kasato Maru, com 781 japoneses, embarcou do Porto de Kobe com destino a Santos-SP, levando os primeiros imigrantes.
Foi o começo da imigração japonesa no Brasil, com pessoas cheias de sonhos e esperança de construir uma vida melhor do outro lado do mundo.
Se hoje a população nikkei é estimada em 1,9 milhão de descendentes foi graças aos pioneiros que se arriscaram a viver em um país tropical, sem conhecer nada da cultura local.
Ao chegarem no Brasil se depararam com a dura realidade do trabalho na lavoura, especialmente a do café. O sofrimento foi superado pela dignidade, essa que se vinculou durante as gerações seguintes.
Contribuição da imigração japonesa no Brasil
O Brasil tem, portanto, a maior comunidade nikkei do mundo, com história dos 110 anos de imigração.
No Japão se comemora em 18 de junho o Dia da Imigração no Exterior, enquanto na sociedade brasileira vários eventos marcam a importante data.
Os japoneses contribuíram para o desenvolvimento da agricultura, para o cultivo dos valores humanos, religião budista, difusão do beisebol, culinária – sushi, yakisoba e sashimi – e também com os alimentos como caqui, pepino, berinjela, amendoim, entre outros. Além disso tudo, ainda no campo das artes, como o bonsai e artistas ilustres como Tomie Ohtake, Manabu Mabe, entre outros. A introdução das artes marciais como aikidô, sumô, kendo, judô, kiu-jitsu e caratê se deve aos japoneses.
Descendentes dos imigrantes
No Japão, a presença da maioria dos brasileiros se deve ao fato de serem descendentes, cuja abertura do visto especial se deu em 1990. A população verde amarela residente no arquipélago é de 185.967, segundo dados fechados em junho do ano passado.
Esta data, portanto, é de celebração.
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