Pessoas que perderam a força para engolir ou apresentam sintomas de disfagia, outras da terceira idade ou pacientes que por algum motivo não podem ingerir alimentos sólidos, agora têm uma deliciosa opção de sushi.
Trata-se do nigiranazushi – にぎらな寿司. Foi desenvolvido pelo Sawarabi Happy Food Project e é inédito no mundo.
É uma equipe que desenvolve alimentos saborosos para as pessoas que necessitam de cuidados especiais. Ela quebrou o paradigma que essas comidas não têm gosto, ou não são saborosas.
O projeto privilegia os nutrientes combinados para oferecer delícias fáceis de comer.
Na quinta-feira (21) o nigiranazushi foi oferecido para os pacientes internados em um hospital da cidade de Toyohashi (Aichi), para experimentarem. “Dá até dó de comer, de tão delicioso”, disse um dos pacientes para o jornal Chunichi.
O nigiranazushi tem como base uma papa de arroz chamada de okayu, coberta de mousse de salmão, atum e outros peixes. Para dar o toque de sushi, o wasabi, a raiz forte japonesa, mais a alga nori foram preparados em forma de gelatina. Sobre uma colher chinesa, o novo tipo de sushi – sem perder o seu sabor – ganhou uma textura suave, de derreter na boca.
Sushi de derreter na boca: onde surgiu a inspiração
O ex-piloto de Fórmula 1 Sakon Yamamoto, 35 anos, de Toyohashi, e também presidente do Sawarabi Happy Food Project, inquieto com a comida para os pacientes, teve a ideia há cerca de 6 anos.
Em cooperação com pesquisadores da universidade para desenvolverem comidinhas saudáveis, gostosas e fáceis de serem ingeridas por qualquer idoso ou paciente.
Assim, ajustando temperaturas do fogo, passar no liquidificador e entre outros experimentos, chegaram aos pratos acessíveis mas saborosos.
Na reunião de degustação usaram ingredientes como atum, salmão, lula e ovo no sushi acessível. “Nossa, na boca é sushi. O sabor do sushi foi mantido e passa confortavelmente pela garganta. Quero comer todos os dias”, exclamou um paciente que provou.
Ao desenvolver deliciosas refeições, há também o objetivo de fazer com que os idosos se alimentem bem.
“Buscamos incessantemente a delícia nas comidas, pois podem ser a última refeição do paciente. Quero contribuir para uma sociedade onde todos possam desfrutar de refeições deliciosas”, disse Yamamoto.
Fontes e fotos: Chunichi e divulgação