Em uma indústria varejista acometida por problemas, a H&M tem um excepcional: um estoque de roupas não vendidas no valor de 4 bilhões de dólares.
A empresa sueca de moda disse na quinta-feira (28) que o valor de seu estoque global não vendido inflou no último trimestre para 4 bilhões de dólares. Isso representa um aumento de 13% em comparação ao ano anterior.
A massa de roupas não vendidas, que aumentou ao longo dos anos devido a um crescimento de vendas mais fraco que o esperado, contribuiu para uma redução de 28% nos lucros na primeira metade de 2018.
“A questão do estoque agora se transformou em um problema significante para a empresa”, disse Adam Cochrane, um analista na Citi.
A H&M disse que usaria várias estratégias, incluindo vendas, para reduzir gradualmente o estoque.
Cochrane disse que a empresa ofereceria descontos em mercados onde os consumidores respondem às vendas – tanto na loja física como na online. A empresa também venderá estoque às lojas que operam em países onde a H&M não tem presença.
Enquanto alguns investidores podem preferir um enfoque mais agressivo do que liquidações, Chrocane disse que a empresa vai querer buscar uma abordagem balanceada.
A H&M disse que as roupas seriam doadas para instituições de caridade ou recicladas se não puderem ser vendidas.
Os problemas da H&M se estendem além do imenso estoque de roupas não vendidas.
Analistas dizem que a empresa foi muito lenta para entrar no mercado de vendas online e agora está enfrentando dificuldades. As ações na H&M caíram 18% até agora em 2018.
Varejistas em todo o mundo estão sob pressão em consequência das mudanças de hábito dos consumidores e de competidoras online como a Amazon e a Asos.
Fonte: CNN Imagem: Banco de imagens