Uma escola do ensino primário na central do Japão, perto do local de um tiroteio e esfaqueamento na semana passada, disse nesta segunda-feira (2) que continuará fechada após receber uma ameaça de ataque.
Um email alertando que um ataque ocorreria na quarta-feira (4) contra a Okuda Elementary School na província de Toyama foi enviado ao Asahi Shimbun, um grande jornal diário, de acordo com a polícia.
A polícia investigará a ameaça como um caso de intimidação ou obstrução forçada de negócios.
A escola está fechada desde a terça-feira passada, 26 de junho, quando um ex-membro das Forças de Autodefesa de 21 anos esfaqueou um policial até a morte perto de um posto da polícia e roubou o seu revólver, antes de atirar fatalmente em um guarda de segurança no portão frontal da instituição de ensino.
Medidas para a segurança dos alunos
Para garantir a segurança dos alunos, a escola, de onde foram recuperadas duas balas após o incidente, disse que decidiu continuar com a suspensão das aulas.
Dentre as medidas para aliviar o trauma dos alunos, a instituição de ensino planeja mudar as rotas que eles usam para ir à escola e intensificar os esforços com a polícia e residentes a fim de manter a segurança.
A escola também não vai mais usar um corredor onde uma das balas foi encontrada alojada e um orientador vai dar suporte aos estudantes.
No incidente de 26 de junho, cerca de 410 alunos foram evacuados para o ginásio após a escola ser informada pela polícia sobre o ataque e o vice-diretor manteve guarda na entrada com um tipo de instrumento usado para conter pessoas.
Ataque premeditado, segundo a polícia
Keita Shimazu, atualmente hospitalizado, foi detido no local após ter sido baleado por outro policial. Uma faca foi encontrada no posto policial e uma outra na mochila do agressor. Ele também estava segurando duas facas quando foi preso.
De acordo com fontes investigativas, Shimazu disse à família para “abandonar seus pertences” bem antes de ele atacar a delegacia, sugerindo que o ato violento, que ocorreu por volta das 14h, foi premeditado.
No dia do incidente, Shimazu havia agredido o gerente do restaurante fast-food onde ele era funcionário part-timer após ter sido repreendido em relação ao trabalho, quebrando as costelas do homem, disseram fontes.
Shimazu saiu do restaurante e disse família através de um app de mensagens sobre a discussão e que ele planejava abandonar o emprego, de acordo com fontes. O ataque com faca no posto policial, que fica a uma distância de aproximadamente 1,7Km do restaurante, ocorreu uma hora depois de ele ter deixado o estabelecimento.
A polícia encontrou um smartphone, que acredita-se ser de Shimazu, perto da escola e estão investigando o histórico e outros registros.
Fonte: Kyodo Imagem: News TBS