Casos de sífilis no Japão aumentaram repentinamente, atingindo a marca de 5.000 pela primeira vez em 44 anos em 2017, com o número podendo aumentar em 2018 também.
O aumento no ano passado foi principalmente notável em pessoas que moram em cidades grandes e mulheres jovens. Geralmente, os pacientes não percebem que estão infectados e infectam outros antes de receberem tratamento.
Especialistas na área da saúde recomendam um checkup imediato se a pessoa achar que está sob risco de ter contraído a doença sexualmente transmissível.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela é transmitida principalmente através da pele, assim como pela membrana mucosa dos órgãos sexuais e da boca.
Se deixada sem tratamento, nos piores casos, pode resultar em danos cerebrais e até em morte.
Em 1948, o Japão ainda se recuperava de um pesadelo da 2ª Guerra Mundial, visto que 220 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença.
O número de pacientes diminuiu drasticamente devido à disseminação da penicilina, descoberta somente em 1928, e uma repressão na indústria do sexo.
Menos de mil casos haviam sido reportados anualmente desde meados dos anos 1990. Contudo, eles aumentaram rapidamente nos últimos cinco anos.
O Instituto Nacional de doenças Infecciosas informou que 5.829 casos de sífilis foram registrados em 2017, 3,5 vezes mais o número para 2014. O número de pacientes aumentou em duas vezes ou mais em 38 províncias.
Um aumento sete vezes maior, 49 casos, foi registrado em Takamatsu (Kagawa), a menor província do Japão. O número para a província de Aomori foi de 63, ou 31 vezes maior que 2014.
Sífilis congênita
Os sintomas da sífilis incluem inchaços e úlceras nas áreas genitais, assim como na boca, e se desenvolvem dentro de várias semanas da infecção.
Geralmente, os pacientes não percebem que estão infectados visto que os sintomas melhoram mesmo sem tratamento.
Como o agente patogênico se espalha na fase inicial da infecção, ele causa erupções cutâneas e na membrana mucosa em todo o corpo. Mas esses geralmente desaparecem bem rápido, então, os portadores não têm consciência de que estão infectados.
Sem tratamento apropriado, uma pessoa pode desenvolver problemas de memória e danos no sistema nervoso periférico.
Especialistas na área da saúde alertam as pessoas para tomarem proteções óbvias se não têm certeza da atividade sexual passada do (a) parceiro (a).
Um simples teste sanguíneo, geralmente oferecido em centros de saúde gratuitamente, mostra se a pessoa está infectada.
Agentes antibacterianos para tratar a doença devem ser tomados por até 12 semanas.
A maioria dos pacientes são homens adultos, mas a doença agora vem se espalhando mesmo entre as mulheres com idade na faixa dos 20 e 30 anos.
A sífilis em grávidas pode provocar abortos, enquanto a sífilis congênita pode afetar o feto, principalmente o fígado, olhos e ouvidos.
Fonte: Asahi Imagem: Banco de imagens