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A maior ponte marítima do mundo é inaugurada

| Ásia

A ponte vai ligar Hong Kong e Macau à cidade de Zhuai, na China continental e inclui ilhas artificiais e um túnel submarino de 6,7 quilômetros.

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Nesta foto tirada em 7 de outubro de 2018, um trecho da Ponte Hong Kong- Zhuai- Macau (HKZMB) é vista da ilha de Lantau em Hong Kong (Anthony Wallace/AFP via BBC)

Uma ponte que conecta Hong Kong e Macau à cidade de Zhuai, na China continental, será finalmente inaugurada nesta semana, marcando a conclusão da ponte marítima mais longa já construída, nove anos após o início das obras.

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O presidente chinês Xi Jinping participou de uma cerimônia e inauguração em Zhuai na terça-feira (23), junto com altos funcionários de Hong Kong e Macau. A ponte será aberta ao público na quarta-feira (24).

A data original de inauguração da ponte de 55 quilômetros era 2016, mas vários atrasos não permitiram a sua abertura.

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Ela é um elemento fundamental no plano da China para uma Grande Área de Baía que cobre 56.500 quilômetros quadrados atravessando o sul da China, e abrangendo 11 cidades, incluindo Hong Kong e Macau, que são lares para um número combinado de 68 milhões de pessoas.

Defensores da ideia dizem que a ponte reduzirá os tempos de jornada entre as cidades de três horas a 30 minutos, permitindo à população e turistas se locomoverem facilmente pela região.

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Apesar do foco em tempo de viagens usando veículos, no entanto, proprietários de carros particulares em Hong Kong não poderão atravessar a ponte sem uma permissão especial.

A maioria dos motoristas terá que estacionar no porto em Hong Kong, trocando para um ônibus circular ou carros especiais alugados uma vez que eles passarem pela imigração.

Crítica feroz

O projeto da ponte foi muito criticado em Hong Kong, onde houve pouca demanda pública ou apetite para ligações maiores tanto com Macau como Zhuai, e temores de que a cidade será inundada por turistas que vêm da China continental.

Em 2016, Hong Kong recebeu 56,7 milhões de turistas, se comparado a 37,6 milhões no Reino Unido, um país de área territorial bem maior.

Para críticos do governo chinês, a ponte é vista como uma ferramenta para trazer a cidade – que ostenta uma legislatura semidemocrática e judiciário independente e tem observado muitos protestos em massa nos últimos anos – para mais perto do punho de Pequim.

Críticos também apontam para a exorbitante quantidade de dinheiro gasto por Hong Kong – acima de nove bilhões de dólares – enquanto a cidade está lidando com uma grave falta de habitação pública e pobreza disseminada.

Vastos esforços de engenharia

Construída para suportar um terremoto de magnitude 8, um supertufão e colisões de embarcações de carga de grandes dimensões, a ponte incorpora 400 mil toneladas de aço – 4,5 vezes a quantidade usada na Golden Gate Bridge de São Francisco.

Ela também inclui um túnel submerso de 6,7 quilômetros para ajudá-la a evitar os movimentados caminhos de transporte marítimo sobre o Delta do Rio das Pedras. O túnel passa por duas ilhas artificiais, cada uma medindo 100 mil metros quadrados e situadas em águas relativamente rasas.

Enquanto tenha uma característica de engenharia impressionante, a construção da ponte tem suas próprias controvérsias. O Delta do Rio das Pedras é lar para a espécie golfinho-corcunda-indopacífico ameaçada de extinção que foi fustigada por massiva reclamação de terra em Hong Kong e outras cidades.

Em repostas às preocupações ambientais em relação à ponte, o governo de Hong Kong propiciou a criação de parques marinhos extras para proteger os golfinhos e outras vidas marinhas, mas alguns especialistas dizem que isso pode ser muito tarde para reduzir o efeito da construção já realizada.

A ponte também foi alvo de críticas do público por causa de padrões de segurança. Sete trabalhadores morreram durante a sua construção e outros 275 ficaram feridos.

Fonte e imagem: BBC


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