Pesquisa realizada pelo Nikkei descobre que 858 construções correm o risco de desabar no caso de um forte terremoto.
Muitos hotéis, hospitais e escolas com estruturas antigas no Japão correm o risco de desabar se forem atingidos por um grande terremoto e o trabalho de reforço não está no ritmo para atender a meta do governo de eliminar construções perigosas até 2025, mostrou uma pesquisa recente do Nikkei.
Exige-se que estabelecimentos onde um grande número de pessoas frequenta, como lojas de departamento, hotéis e ginásios, assim como asilos, escolas e creches, atendam a certos padrões de resistência a terremotos.
Dos cerca de 10 mil prédios construídos em acordo com regulamentos antigos até 1981, 858 continuam com a probabilidade de desabar se atingidos por um terremoto 6 forte ou maior na escala de intensidade sísmica japonesa, descobriu a pesquisa.
Hotéis e outras instalações de acomodação contaram pelo maior número de estruturas vulneráveis, com 206, seguidos por 181 para estabelecimentos comerciais como lojas de departamento. Hospitais e clínicas somaram 115 e escolas 86.
Com base em uma lei de revisão que entrou em vigor no ano de 2013, o governo exigiu que municípios pesquisassem a resistência a terremotos desses prédios e publicassem os resultados, pedindo a eles que completassem o trabalho de reforço até por volta de 2025.
Contudo, dos 961 prédios que podem estar sob risco, somente 103 passaram por trabalho de reforço, de acordo com a pesquisa, a qual cobre dados de 302 municípios e respostas de 276.
Cerca de 40% dos municípios reportaram improbabilidade de alcançar a meta de 2025. Cerca de 805 citaram o orçamento dos donos das propriedades como uma restrição. Governos nacionais e locais estão oferecendo subsídios para ajudar a bancar os projetos, mas muitos proprietários parecem estar hesitantes face ao custo pesado e interrupções potencialmente prolongadas nas operações.
As construções devem se manter de pé para permitir às pessoas evacuarem no caso de um terremoto.
Como o Japão pode sofrer massivos terremotos na Nankai Torafu, uma fossa marinha no sul do arquipélago japonês que se estende da província de Shizuoka até as águas de Kyushu, o governo está elaborando estratégias de preparação para tais eventos, que poderão resultar em até 320 mil fatalidades e causar um dano econômico de 220 trilhões de ienes.
Fonte: Nikkei Imagem: Wikimedia