Grandes companhias aéreas em todo o mundo começaram a redirecionar seus voos na sexta-feira (21) para evitar áreas em torno do Estreito de Hormuz após o Irã supostamente ter derrubado um drone de vigilância militar dos EUA no local, enquanto o país norte-americano alertou que aviões comerciais poderiam ser atacados por engano.
A Administração Federal de Aviação – FAA alertou sobre um “potencial para erro de cálculo ou de identificação” na região após um míssil iraniano terra-ar ter derrubado na quinta-feira (20) um RQ-4A Global Hawk dos EUA, um veículo aéreo não tripulado com uma envergadura maior que um Boeing 737 e custando mais de 100 milhões de dólares.
Os EUA disseram que fizeram planos para ataques limitados sobre o Irã em resposta, mas depois os cancelaram.
A Qantas da Austrália, a holandesa KLM e a alemã Lufthansa disseram logo depois que evitariam a região também.
“A ameaça de um ataque e destruição no sul do Irã é real”, alertou o OPSGROUP, uma empresa que fornece orientações a empresas aéreas globais.
A Qantas disse que redirecionaria seus voos com destino a Londres para evitar o Estreito de Hormuz e o Golfo de Omã.
A holandesa KLM disse que evitaria o estreito. A Lufthansa disse que evitaria tanto o Estreito quanto o Golfo de Omã, assim como ilhas próximas. No entanto, ela afirmou que continuaria seus voos com destino ao Teerã.
Outras grandes companhias aéreas, a Emirates e Qatar Airways, assim como as low cost, não responderam imediatamente a pedidos para comentários, divulgou a AP.
O Irã disse que o drone “violou” seu espaço aéreo territorial, enquanto os EUA chamaram o disparo de míssil de “um ataque injustificado” no espaço aéreo sobre o Estreito de Hormuz, a foz estreita do Golfo Pérsico.
O OPSGROUP disse que o sistema de armas iraniano que derrubou o drone foi comparável ao sistema russo Buk usado em 2014 no ataque e destruição de um avião da Malaysia Airlines na Ucrânia.
Fonte: Mainichi