A Honda Motor vai transferir a produção japonesa de seu Accord híbrido para a Tailândia, onde ela quer aproveitar incentivos fiscais para fabricar carros mais ecológicos, de acordo com fontes.
O plano da Honda segue o anúncio da Mitsubishi Motors no início deste mês sobre sua intenção de produzir híbridos plug-in no país do sudeste asiático, com início em 2021.
A medida começará com o modelo Accord que tem lançamento previsto no Japão no início de 2020. A Honda também está considerando exportar da Tailândia para outros países, incluindo a Austrália.
A fabricante planeja gastar 5.82 bilhões de baths (US$189 milhões) no plano, que vai expandir sua produção de carros com motores elétricos.
O governo tailandês está encorajando a produção de carros desse tipo – incluindo veículos elétricos e híbridos – ao oferecer isenções fiscais corporativas, cortar impostos especiais e reduzir impostos sobre equipamento de fabricação importado.
A fábrica da Honda em Sayama (Saitama) vem produzindo o Accord, mas encerrará a produção de automóveis até o fim de março de 2020. A Honda decidiu que seria mais eficiente importar o Accord da Tailândia, onde sua fábrica já produz o modelo com o volante do lado direito – a configuração padrão no Japão.
O Accord é considerado um sedan de gama alta e um modelo signature para a Honda. Ela vendeu cerca de 500.000 unidades em 2018, principalmente nos EUA e China, embora tenha comercializado apenas 2.000 no Japão.
A fábrica na Tailândia produziu um pouco mais de 3.000 Accords em 2018, mas o número deve aumentar de forma significativa em 2019, conduzido pelo planejado aumento na produção de híbridos.
A mudança da Honda ocorre quando as montadoras do mundo crescem mais seletivas sobre investimentos, visando melhorar a eficiência. Economias emergentes na Ásia, que estão se tornando cada vez mais avançadas tecnologicamente, se tornaram opções atrativas para produzir não apenas carros compactos, mas também veículos híbridos.
A Toyota Motor e a Mazda também planejam produzir veículos elétricos na Tailândia.
Fonte: Asia Nikkei