A área metropolitana de Manila (Metro Manila) entrará em isolamento a partir de domingo (15) para conter a propagação do surto de coronavírus no país, disse o presidente Rodrigo Duterte na quinta-feira (12).
O transporte por terra, assim como viagens domésticas aéreas e marítimas de e para a área metropolitana de Manila serão suspensas até 14 de abril, disse o presidente, acrescentando que a situação será revista diariamente.
A área Metro Manila, lar para cerca de 13 milhões de pessoas, é a capital comercial filipina e gera mais de um terço do produto doméstico bruto do país. Não ficou imediatamente claro como a suspensão de viagens seria aplicada, visto que milhares de trabalhadores de províncias vizinhas viajam à capital para trabalhar todos os dias. O presidente encorajou acordos flexíveis de trabalho para o setor privado.
Duterte ordenou uma “quarentena comunitária” na Metro Manila, assim como medidas de quarentena similares em áreas fora da capital com pelo menos 2 casos de Covid-19. A suspensão de aulas na área metropolitana também será estendida até 12 de abril enquanto aglomerações em massa estão proibidas, disse o presidente.
“Eles estão como medo de chamar de isolamento, mas é um isolamento”, disse Duterte em um discurso transmitido pela TV do Palácio de Malanacang. “É uma questão de proteger e defender vocês da Covid-19”.
As medidas drásticas ocorrem enquanto o número de casos confirmados de coronavírus nas Filipinas subiu para 52 na quinta-feira. Mais 3 pacientes morreram nesse dia, levando o número de óbitos para 5.
Duterte, de 74 anos, fez um teste para Covid-19 na quinta-feira após oficiais do Gabinete que têm contato frequente com o presidente terem se submetido à autoquarentena após ficarem expostos a uma pessoa que testou positivo. O resultado do teste de Duterte deve sair em 48 horas.
Em meio a rumores de um isolamento, o pânico de compras afetou alguns estabelecimentos comerciais na Metro Manila, com as pessoas acabando com estoques de antissépticos e alimentos.
Duterte disse que poderia pedir ajuda à China se a situação do coronavírus nas Filipinas se deteriorar.
Fonte: Asia Nikkei