Sob os efeitos da infecção pelo novo coronavírus a gigantesca montadora Toyota teve que reduzir a produção doméstica de veículos do mês de maio em quase metade do plano inicial formulado em março. Mas a queda deverá prosseguir em junho, com cerca de 40%.
A Toyota tinha um plano para ajustar a produção em todas as 18 fábricas de carros acabados no Japão devido à propagação da infecção. Se os cortes da produção continuarem por um longo tempo, pode ficar temporariamente difícil manter a escala de produção doméstica de 3 milhões de unidades. Essa é a base definida para a produção, manutenção do emprego e também para o gerenciamento dos fabricantes de peças, os quais deverão ser afetados.
Em 2019 a Toyota produziu 3,41 milhões de veículos, sendo que 2,1 milhões foram para o exterior. O mercado da América do Norte representou 40% do volume de exportação, seguido pela Ásia e Europa.
A montadora de Aichi é uma empresa com alta competitividade dentro da sua cadeia de suprimentos. Adquire peças de vários fabricantes para evitar riscos. Mesmo assim, as entregas dessas peças que dependem da produção no exterior foram afetadas e a razão é clara. O movimento global das coisas está em baixa.
O plano de produzir 3,24 milhões de unidades de veículos em 2020 está difícil de ser mantido. Se a disseminação do novo coronavírus continuar no país a montadora encontrará muita dificuldade em manter pelo menos 3 milhões.
Nissan e Honda enfrentam os mesmos problemas
Pela dificuldade de aquisição de peças a Honda também está com parte de suas plantas com produção paralisada temporariamente.
No caso da Nissan, depois do efeito Carlos Ghosn, seguido da crise do coronavírus. A produção do carro de luxo, o Infiniti, destinado ao mercado norte-americano, está paralisada temporariamente na planta de Tochigi. É fácil de explicar o motivo, pois nos EUA o novo coronavírus já infectou mais de 780 mil pessoas. Assim, essa paralisação deverá prosseguir até meados de maio.
Além disso pediu para cerca de 15 mil funcionários ficarem em casa por 5 dias.
A queda de produção da Nissan deverá prosseguir, especialmente com o mercado americano seriamente afetado.
Fonte: Zaikei Shimbun