A pandemia de coronavírus está “longe de acabar” e ainda está afetando os serviços de saúde normais, principalmente na imunização que salva vidas para crianças nos países mais pobres, disse na segunda-feira (27) o chefe da Organização Mundial da Saúde – OMS.
A agência das Nações Unidas está preocupada com os crescentes números de casos e mortes na África, Leste Europeu, América Latina e alguns países asiáticos, mesmo com números nivelados ou em declínio em algumas nações mais ricas.
“Temos uma longa estrada pela frente e muito trabalho a fazer”, disse o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Gebreyesus em uma coletiva de imprensa virtual em Genebra, na Suíça, acrescentando que uma segunda onda de infecções poderia ser evitada com as ações certas.
O novo coronavírus, que surgiu no fim do ano passado na cidade central chinesa de Wuhan, já infectou mais de 3 milhões de pessoas e causou a morte de mais de 250 mil, de acordo com o mais recente cálculo da Reuters.
Tedros manifestou preocupação de que a saúde das crianças estava sendo ameaçada pelo impacto da emergência do coronavírus em programas de vacinação para outras doenças.
“Crianças podem estar a um risco relativamente baixo de doença severa e morte em decorrência da Covid-19, mas podem estar sob risco de outras que podem ser evitadas com vacinas”, disse Tedros.
Cerca de 13 milhões de pessoas foram afetadas no mundo por atrasos em imunizações regulares contra doenças incluindo pólio, sarampo, cólera, febre amarela e meningite, disse ele.
Escassez de vacinas contra outras doenças estão sendo reportadas em 21 países como resultado de restrições de fronteiras e interrupções de viagens causadas pela pandemia de coronavírus, disse Tedros, citando a aliança global de vacina GAVI.
Fonte: Agência Reuters